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Covid-19

Novo recorde de infeções no Brasil

17 jun, 2020 - 00:09 • Reuters

O principal responsável pela gestão da pandemia no Brasil recorda que o número de mortos por milhão de habitantes é melhor do que no Reino Unido, Espanha, Itália e até Bélgica.

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O Brasil registou um recorde de novos casos de Covid-19, esta terça-feira, mas as autoridades garantem que o surto está controlado.

O maior país da América do Sul é atualmente o segundo país mais afetado pela Covid-19, com mais de 45 mil mortos, segundo dados oficiais, atrás dos Estados Unidos, que já ultrapassaram os 119 mil. Nas últimas 24 horas morreram mais 1.282 pessoas da doença no Brasil, disse o Ministério da Saúde, e 34.918 deram positivo nos testes.

Apesar do cenário, Walter Braga Netto, chefe da Casa Civil de Jair Bolsonaro e um dos principais responsáveis pela gestão da pandemia, garante que o surto está controlado.

“Existe uma crise, e simpatizamos com as famílias enlutadas, mas está controlado”, disse Braga Netto, durante uma sessão online com a Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Apesar do número total de mortos ser tão alto, Braga Netto fez notar que o número de mortos por milhão é, na verdade, melhor do que os dados da Bélgica, Espanha, Reino Unido, Itália e França, pelo que, disse, é importante “passar uma mensagem de otimismo na gestão da crise”.

Mas este é um otimismo que não é partilhado pelo diretor regional da Organização Mundial da Saúde. Carissa Etienne disse, num briefing de vídeo feito a partir de Washington, que a organização está muito preocupada com o Brasil e que o maior país da América Latina é responsável atualmente por cerca de um quarto dos quase quatro milhões de casos e das mortes.

“Não estamos a ver a transmissão a reduzir no Brasil”, lamentou, recomendando que o Brasil e outros países vizinhos aumentem as medidas de distanciamento social e procedam à reabertura da economia de forma lenta e cuidadosa.

A questão da pandemia e das medidas preventivas tem sido polémica no Brasil, com Jair Bolsonaro, o Presidente, a opor-se a medidas de confinamento e a defender que a economia se mantenha em funcionamento, apesar da severidade da pandemia.

[Notícia atualizada às 00h50]

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