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Jovem que empurrou criança de museu em Londres condenado a 15 anos de prisão

26 jun, 2020 - 13:15 • Lusa

O caso remonta a agosto de 2019. O adolescente britânico empurrou um menino francês de uma plataforma à altura de um 10.º andar, do museu Tate Modern.

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O jovem britânico que empurrou uma criança de uma varanda do museu Tate Modern de Londres foi condenado nesta sexta-feira a 15 anos de prisão por um tribunal londrino.

Em dezembro, durante o julgamento no tribunal criminal de Old Bailey, na capital britânica, Jonty Bravery – com 17 anos na altura do incidente – declarou-se culpado de empurrar a criança de seis anos do 10.º andar do museu.

Nesta sexta-feira, a juíza Maura McGowan considerou o jovem, agora com 18 anos, "um grave perigo para o público”, tendo em conta a premeditação com que agiu e a gravidade dos ferimentos sofridos pela vítima, cuja vida "nunca mais será a mesma".

Dirigindo-se ao jovem condenado, a juíza disse: “Vai passar a maior parte – senão toda – a sua vida detido... Poderá nunca ser libertado".

Quinze anos é o tempo mínimo da sentença aplicada, mas poderá ir até prisão perpétua.

O incidente deu-se a 4 de agosto, quando o adolescente britânico empurrou a criança francesa de uma plataforma de observação da Tate Modern, à altura do 10.º andar.

A criança, que caiu num telhado do 5.º andar, cerca de 30 metros mais abaixo, sofreu uma hemorragia cerebral e fraturas na coluna, braços e pernas e passou alguns meses nos cuidados intensivos.

"Não se sabe se vai recuperar totalmente", disse a procuradora pública Deanna Heer na quinta-feira, em Londres, onde o acusado apareceu por videoconferência a partir da prisão de alta segurança de Broadmoor (sul da Inglaterra).

Jovem é doente e procurou prédio alto

A advogada do acusado, Philippa McAtasney, defendeu que o seu cliente deve ser detido num hospital e não numa prisão.

O acusado sofre de autismo e alterações de personalidade e estava internado numa instituição especializada devido ao comportamento violento, mas tinha mostrado sinais de melhora nos meses anteriores ao incidente, tendo sido autorizado a sair sozinho por um período de quatro horas.

No dia do ataque, procurou primeiro comprar um bilhete para o Shard, o arranha-céus mais alto do Reino Unido, mas não tinha dinheiro suficiente e, após perguntar onde poderia encontrar um prédio alto nas proximidades, dirigiu-se ao museu Tate Modern, cuja plataforma estava aberta ao público.

Várias testemunhas descreveram o estranho comportamento do jovem, que foi em direção à criança que se afastara um pouco dos pais.

Antes de perceber o que acabara de acontecer, o pai da criança acreditou por um momento que se tinha tratado de uma piada e que havia uma rede por baixo do terraço.

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