07 jul, 2020 - 20:55 • Lusa
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O Presidente norte-americano, Donald Trump, retirou oficialmente os Estados Unidos da Organização Mundial de Saúde (OMS), que acusa de má gestão da pandemia do novo coronavírus.
O Departamento de Estado norte-americano e a própria ONU confirmaram que a notificação foi entregue na segunda-feira ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, na qualidade de mandatário da OMS.
A saída só será efetiva em 6 de julho de 2021, embora possa ser revertida, tudo dependendo das eleições presidenciais norte-americanas de 03 de novembro, caso o republicano Donald Trump, recandidato à presidência, seja derrotado pelo candidato democrata Joe Biden.
Em fins de maio, Trump anunciou que terminava o relacionamento entre os Estados Unidos e a OMS, que acusou de ser inapta na gestão da pandemia de Covid-19.
O Presidente norte-americano alegou que a OMS não soube responder de forma eficaz ao seu apelo para introduzir alterações no seu modelo de financiamento, depois de já ter ameaçado cortar o financiamento norte-americano a esta organização das Nações Unidas, acusando-a de ser demasiado benevolente com o Governo chinês.
“Porque falharam em fazer as reformas necessárias e requeridas, terminamos o nosso relacionamento com a Organização Mundial de Saúde e iremos redirecionar os fundos para outras necessidades urgentes e globais de saúde pública que possam surgir”, disse Trump, em declarações aos jornalistas.
Antes, no início do mesmo mês, o Trump tinha feito um ultimato à OMS, ameaçando cortar a ligação à organização se não fossem feitas reformas profundas na sua estrutura e no seu ‘modus operandi’.
Nessa altura, Trump suspendeu temporariamente o financiamento à OMS, no valor que está estimado em cerca de 400 milhões de euros anuais, o que corresponde a 15% do orçamento da organização.
O Presidente dos Estados Unidos acusou a OMS de ter feito uma gestão ineficaz de combate à pandemia de Covid-19 e de ter sido conivente com o Governo chinês, alegando que Pequim reteve informação relevante sobre a propagação do novo coronavírus, que aumentou os riscos da crise sanitária global.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 538 mil mortos e infetou mais de 11,64 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
[Notícia atualizada às 22h05]