09 jul, 2020 - 17:05 • Lusa
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As autoridades belgas incluíram esta quinta-feora a região de Lisboa no lote de “zonas vermelhas” consideradas de alto risco devido à covid-19, o que implica uma quarentena obrigatória para os viajantes que cheguem à Bélgica oriundos da capital portuguesa.
Um dia depois de a Bélgica ter atualizado a sua lista oficial de países ordenados segundo um modelo de semáforo, em função do grau de risco pela situação epidemiológica, colocando Portugal no grupo "laranja" - países para os quais as viagens são autorizadas, mas as pessoas são sujeitas a testes e é recomendada quarentena -, as autoridades federais belgas colocaram hoje a “vermelho” três regiões específicas da Europa: Lisboa e ainda as regiões espanholas de Lérida (Catalunha) e La Mariña (Galiza).
Segundo a informação disponível no sítio de internet do Ministério dos Negócios Estrangeiros belga, as pessoas provenientes destas regiões “vermelhas” têm de realizar testes à chegada à Bélgica e cumprirem uma quarentena, mas os contornos exatos das medidas não são claros e provocam interrogações mesmo à imprensa belga, não tendo as autoridades belgas prestado para já esclarecimentos adicionais.
O resto do território português está no grupo "laranja", no qual estão também incluídos Espanha - à exceção das duas regiões classificadas como de alto risco -, Grécia, Chipre, Dinamarca, Reino Unido e Islândia.
A lista, sujeita a revisões regulares, dá luz verde (viagens sem restrições) à Alemanha, Áustria, França, Hungria, Itália, Luxemburgo, Letónia, Croácia, Holanda, Polónia, Roménia, Eslováquia, Suécia, Liechtenstein, Lituânia, Estónia, Bulgária, República Checa, Eslovénia e Suíça.
A Bélgica interdita atualmente ligações com quatro países europeus, colocados no “vermelho”: Finlândia, Irlanda, Malta e Noruega.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 549 mil mortos e infetou mais de 12 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.644 pessoas das 45.277 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde, enquanto a Bélgica conta com mais de 62 mil casos e perto de 10 mil vítimas mortais.