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Pandemia de Covid-19

Trump anula convenção republicana na Florida por causa da Covid-19

24 jul, 2020 - 01:57 • Lusa

Donald Trump deveria ser formalizado como recandidato à presidência dos EUA na convenção de Jacksonville.

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A convenção do Partido Republicano que devia formalizar o multimilionário Donald Trump como recandidato à presidência dos EUA, nas eleições de 3 de novembro, prevista para Jacksonville, no estado da Florida, foi anulada.

O anúncio foi feito pelo próprio Donald Trump, que argumentou com a pandemia do novo coronavírus que grassa no sul do país.

“Vamos fazer uma grande convenção pública, mas não é o momento”, declarou, acrescentando que era seu dever “proteger os americanos”.

A reunião dos republicanos esteve prevista para Charlotte, no estado da Carolina do Sul, de 24 a 27 de agosto, mas o governador democrata considerou que se deveria realizar em formato reduzido, para obedecer às recomendações sanitárias.

Irritado, Trump, que durante muito tempo minimizou a gravidade da pandemia, decidiu então no início de junho transferir a reunião para Jacksonville.

Contudo, recentemente, inverteu a sua posição e até admitiu que a situação ia piorar.

A anulação da convenção entra nesta lógica.

Já os democratas, por seu lado, anunciaram há um mês que a sua convenção, prevista para Milwaukee, no estado do Wisconsin, entre 17 e 20 de agosto, vai decorrer quase totalmente em ambiente virtual. Mas o ex-vice-presidente Joe Biden vai aceitar em pessoa a sua designação como candidato presidencial do partido.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 627 mil mortos e infetou mais de 15,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (143.190) e mais casos de infeção confirmados (mais de 3,9 milhões).

Mike Pompeo apela ao "mundo livre" que triunfe sobre a "nova tirania" chinesa

O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, apelou ao "mundo livre" que triunfe sobre a "nova tirania" encarnada, segundo o secretário de Estado, pela China comunista, depois do fecho do consulado chinês em Houston.

"A China de hoje é cada vez mais autoritária no interior do país e mais agressiva na sua hostilidade face à liberdade em todo o lado", disse hoje Mike Pompeo num discurso na Biblioteca e Museu Presidenciais Richard Nixon, em Yorba Linda, no estado da Califórnia (leste), citado pela AFP.

Num discurso com retórica semelhante à da Guerra Fria contra a União Soviética, o secretário de Estado norte-americano fez um ataque de rara violência contra o Presidente de uma das principais potências mundiais, o líder chinês Xi Jinping.

Mike Pompeo acusou o Presidente chinês de ser "um adepto sincero de uma ideologia totalitária em falência", fazendo unicamente referência às suas funções enquanto secretário-geral do Partido Comunista chinês.

O discurso resume a estratégia de fechamento do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, face à China, que classifica de ser uma "ameaça" ou um "perigo".

A intervenção de Pompeo acontece na sequência do fecho do consulado chinês em Houston, no estado do Texas, imposto por Washington, fomentando um novo nível na escalada sem precedentes entre as duas grandes potências rivais.

Pequim já prometeu represálias contra a decisão inédita desde o estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países, em 1979.

A diplomacia chinesa denunciou hoje mais uma vez a "difamação maliciosa" que "demole a ponte de amizade entre os chineses e os americanos".

"Nós fechámos o consulado da China em Houston porque era uma plataforma giratória de espionagem e de roubo de propriedade intelectual", disse hoje Mike Pompeo, citado pela AFP, sem precisar claramente os factos contra os diplomatas.

O secretário de Estado da administração de Donald Trump considera que "chegou a hora para as nações livres passarem à ação", apelando para uma "nova aliança das democracias".

O objetivo da passagem à ação deverá ser a de fazer "mudar a atitude" de Pequim, defendeu, sem advogar uma mudança de regime.

"Se nos inclinarmos agora, os nossos netos poderão ficar à mercê do Partido Comunista chinês, cujas ações constituem o primeiro desafio do mundo livre", insistiu, referindo que o Presidente chinês "não tem vocação para semear eternamente a tirania na China e no estrangeiro", a menos que se deixe fazê-lo.

A China anunciou na quarta-feira que foi forçada pelos Estados Unidos a encerrar o seu consulado na cidade norte-americana de Houston, numa medida descrita por Pequim como uma "provocação".

"A China condena veementemente esta ação ultrajante e injustificada", disse o porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin, em conferência de imprensa na quarta-feira.

O consulado chinês em Houston, nos Estados Unidos, foi fechado “para proteger a propriedade intelectual e as informações privadas dos norte-americanos”, declarou no mesmo dia uma porta-voz do Departamento de Estado, após um forte protesto de Pequim.

Hoje, a China negou que o seu consulado em Houston tenha roubado propriedade intelectual ou informações de empresas norte-americanas, e voltou a prometer "retaliação" pelo encerramento da sua representação diplomática.

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