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Espanha. Juan Carlos anuncia exílio, Filipe VI elogia "legado e obra política" do pai

03 ago, 2020 - 17:20 • Redação

Decisão surge após vários meses de pressões por parte do Governo espanhol, isto após começarem a circular informações segundo as quais Juan Carlos havia recebido em 2008 uma doação de 65 milhões de euros do rei da Arábia Saudita (a qual entregou à ex-amante Corinna Larsen) e que tinha contas em paraísos fiscais que nunca declarou às Finanças espanholas.

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O Rei emérito de Espanha, Juan Carlos I, formalizou esta segunda-feira, em carta enviada ao filho, o rei Filipe VI, a decisão de se exilar, abandonado Espanha, onde o antigo monarca é fortemente acossado por diversos crimes de natureza fiscal.

“Guiado pela convicção de prestar o melhor serviço aos espanhóis, às suas instituições e a ti como rei, comunico-te [Filipe VI] a minha ponderada decisão de me trasladar para fora de Espanha”, refere Juan Carlos I na missiva enviada para o Palácio da Zarzuela e que o jornal ABC reproduz na integra.

Ainda segundo Juan Carlos, “e perante a repercussão pública que estão a gerar certos acontecimentos passados da minha vida privada”, o afastamento tem por intenção “contribuir para que se torne mais fácil o exercício das funções” de Filipe VI, a quem pretende dar “o sossego e tranquilidade que a sua alta responsabilidade requer”.

“O meu legado, a minha própria dignidade enquanto pessoa, assim mo exigem”, justifica o rei emérito a decisão de se “trasladar”.

Por sua vez, e reagindo em comunicado à decisão, a Casa Real elogiou o reinado (até 2014) de Juan Carlos I, sublinhando “a importância que representa, como legado e obra política e institucional de serviço a Espanha e à democracia”.

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  • Camponio da Beira
    03 ago, 2020 Viseu 17:50
    O e Bes não lhe financiou a campanha também ? se não, até admira...

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