06 ago, 2020 - 23:08 • Reuters
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África ultrapassou esta quinta-feira um milhão de casos de Covid-19, segundo a agência Reuters, num sinal de que a doença está a espalhar mais rapidamente num continente que, até agora, parecia estar a passar ao lado do pior da pandemia.
O continente regista agora 1.003.056 casos, dos quais 21.983 morreram e 676.395 recuperaram. A África do Sul – que é o quinto país mais duramente atingido no mundo, com mais de metade dos casos totais da África subsaariana – registou 538.184 casos desde que o primeiro foi detetado no dia 5 de março, segundo o Ministério da Saúde.
Os baixos índices de testes em vários países, menos na África do Sul, significam que as taxas de infeção devem ser mais altas que as oficiais, segundo os especialistas.
Um estudo publicado no mês passado mostrou que morreram mais 17 mil pessoas do que o normal entre maio e julho, permitindo deduzir que estão a morrer mais pessoas de Covid-19 do que os números oficiais indicam.
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Muitos países africanos impuseram regimes rigorosos de confinamento e fecharam as suas fronteiras, conseguindo assim ganhar tempo precioso para preparar hospitais, aparelhos de testes e de aprender de países mais duramente atingidos.
Mas a maioria dos estados, cientes dos danos à economia e dos riscos de fome entre a população, levantaram a maioria das restrições.
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Apesar dos esforços das autoridades sul-africanas para conter o vírus, os serviços de saúde da África do Sul estão sobrecarregados, com falta de camas, material de proteção e pessoal de enfermagem. Há casos de doentes de Covid-19 a serem tratados lado a lado com pessoas não-infetadas.
O cenário para outros países africanos prevê-se pior, caso o vírus os atinja com a mesma força, uma vez que a África do Sul tem dos sistemas de saúde mais avançados do continente.