06 ago, 2020 - 08:15 • Redação com agências
Pela primeira vez, o Facebook eliminou um vídeo de Donald Trump por conter informações falsas sobre a Covid-19. No vídeo, o presidente norte-americano afirma que as crianças são “praticamente imunes” à doença e que por isso podem regressar às escolas.
“A minha opinião é a de que as escolas devem abrir”, disse Trump durante uma entrevista ao programa televisivo Fox & Friends, quarta-feira acrescentando que “isto [a pandemia do novo coronavírus] vai desaparecer, como as coisas desaparecem”.
Na mesma ocasião, o chefe de Estado afirmou ainda que o vírus só afetou “uma parte relativamente pequena” do país.
Andy Stone, porta-voz do Facebook, disse que o vídeo que Trump publicou “inclui declarações falsas de que um grupo de pessoas é imune à Covid-19” e “isso é uma violação” das políticas da empresa sobre desinformação.
Segundo a CNN, também o Twitter vai restringir os tweets da campanha de Trump devido à partilha do mesmo vídeo que diz ter informações falsas sobre a doença.
A porta-voz da campanha do presidente americano já reagiu acusando Silicon Valley de estar contra ele. “As empresas de comunicação social não são donas da verdade”, sublinhou Courtney Parella.
Sobre o tema da polémica, a mesma fonte explicou que Donald Trump apenas se limitou a citar o facto de as crianças serem menos suscetíveis ao novo coronavírus”.
Os Estados Unidos registaram 1.262 mortos e 54.582 infetados com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo a contagem da Universidade Johns Hopkins.
Os últimos números elevam o total de mortes para 157.930 e o de casos confirmados para 4.818.328.
O presidente americano estava confiante de que o número final seria entre 50 mil e 60 mil mortes, embora mais tarde tenha subido a estimativa para 110 óbitos, um número que também foi excedido.