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Passam 75 anos de Hiroshima. Primeira bomba nuclear foi lançada às 8h15

06 ago, 2020 - 06:50 • Redação com Lusa

Data foi assinalada com o autarca da cidade a criticar o Governo Japonês por se recusar a assinar o tratado de proibição de armas nucleares.

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75 anos de Hiroshima. Autarca assinala cerimónia com apelo à proibição de armas nucleares
75 anos de Hiroshima. Autarca assinala cerimónia com apelo à proibição de armas nucleares

Há 75 anos, em Hiroshima, às 8h15, hora local, era lançada a primeira bomba atómica em cenário de Guerra, pelo bombardeiro norte-americano Enola Gay. A bomba tinha o nome de código “Little Boy”, três metros de comprimento, 71 cm de largura e uma potência equivalente a 13 quilotoneladas de TNT, provocando a morte a 140.000 pessoas.

O aniversário do bombardeamento atómico foi assinalado com o autarca da cidade a criticar o Governo Japonês por se recusar a assinar o tratado de proibição de armas nucleares.


Os sinos dobraram esta manhã em Hiroshima. Ouça aqui as memórias de Hiroshima, 75 anos depois, contadas pelo jornalista Pedro Mesquita:


O apelo foi feito pelo presidente da Câmara de Hiroshima, Kazumi Matsui, a cerca de 800 pessoas reunidas no Parque da Paz da cidade, entre as quais primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e sobreviventes do ataque nuclear contra a cidade a 6 de Agosto de 1945.

"Apelo ao Governo japonês para que atenda ao apelo do Hibakusha [pessoas afetadas pela explosão] para assinar, ratificar e tornar-se parte do Tratado de Proibição de Armas Nucleares", disse o presidente da câmara.

O tratado foi aprovado na ONU a 7 de Julho de 2017 por 122 Estados-membros, mas para que entre em vigor precisa de ser ratificado por pelo menos 50 nações, e até agora apenas 40 o fizeram.

O Japão, tal como as potências nucleares, ficou de fora desta iniciativa, que adere ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear, que restringe a posse de armas atómicas e que entrou em vigor há meio século após ter sido assinado pela grande maioria das nações do mundo, incluindo o Japão.

Estes dois tratados, sublinhou o autarca, são "instrumentos críticos para eliminar as armas nucleares".

"Agora, mais do que nunca, os líderes mundiais devem reforçar a sua determinação para que este quadro legal funcione eficazmente", insistiu, perante as cerca de 800 pessoas, um décimo dos participantes que assistiram no ano passado à cerimónia, que desta vez teve de ser reduzida devido ao risco de propagação da covid-19.

No domingo será a vez de se assinalar o 75.º aniversário de Nagasaki.

Os Estados Unidos lançaram, a 9 de agosto de 1945, uma segunda bomba atómica sobre Nagasaki, à capitulação do Japão e ao fim da Segunda Guerra Mundial.

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