11 ago, 2020 - 18:34 • Lusa
A enorme explosão que devastou há uma semana o porto e alguns bairros de Beirute provocou 171 mortos e mais de 6.000 feridos, segundo um novo balanço atualizado esta terça-feira pelo Ministério da Saúde.
O balanço anterior desta entidade, revelado na segunda-feira, referia 160 mortos e “pelo menos 20 desaparecidos”, enquanto prosseguem as buscas sob os escombros após a catástrofe.
No domingo, o chefe do batalhão de engenharia do exército libanês, Rojeh Khoury, anunciou o fim da primeira fase das operações de busca e resgate após três dias de trabalhos que envolveram equipas libanesas e internacionais.
Khoury acrescentou que não foram encontrados sobreviventes e que a partir deste momento “diminuiu a esperança de encontrar pessoas com vida”, apesar de prosseguirem as operações para resgatar corpos entre os escombros.
O mesmo responsável precisou que elementos turcos, franceses e russos das equipas de resgate continuam a apoiar os libaneses na “zona vermelha”, a mais atingida pela explosão, enquanto outras equipas de diversos países já se retiraram após darem por concluída a sua missão.
De acordo com as autoridades, a deflagração ocorreu num armazém do porto onde estavam armazenados desde 2014 cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amónio sem as devidas medidas de segurança.
Na segunda-feira, o Governo do Líbano caiu após o primeiro-ministro entregar a sua carta de demissão. “A catástrofe que atingiu os libaneses (…) aconteceu devido à corrupção endémica na política, na administração pública e no Estado”, declarou Hassan Diab.
O nitrato de amónio na origem da explosão, foi entretanto apurado, tinha como destino a Fábrica de Explosivos, uma empresa portuguesa em Moçambique.