14 ago, 2020 - 20:05 • Redação
Grupos armados jihadistas invadiram o porto de Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado, Moçambique, após vários dias de confrontos com os soldados moçambicanos, que guardavam aquele local estratégico.
Segundo a imprensa internacional, após o ataque, o Estado Islâmico na África Ocidental (EIAO), grupo terrorista jihadista e salafista em África, divulgou, nos seus canais de comunicação, imagens de elementos das Forças de Defesa e Segurança (FDS) mortos, assim como armas e munições capturadas.
O grupo terrorista, afiliado do autoproclamado Estado Islâmico, tem reivindicado vários ataques desde junho de 2019. Segundo a Al-Jazeera, este é o terceiro ataque levado a cabo este ano.
Mocímboa da Praia é uma das principais vilas da província, situada 70 quilómetros a sul da área de construção do maior investimento de um projeto de gás natural em África, conduzido por várias petrolíferas internacionais e liderado pela francesa Total.
Em Cabo Delgado, região onde avança este projeto, os ataques de grupos armados, que eclodiram em 2017 em Mocímboa da Praia, já provocaram, pelo menos, a morte de 1300 pessoas, de acordo com o Projeto de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos (ACLED, na sigla em inglês).
De acordo com as Nações Unidas, a violência armada nesta província do norte de Moçambique forçou à fuga de 250 mil pessoas de distritos afetados pela insegurança, mais a norte da província.