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MNE insta portugueses no Líbano a manterem contacto com embaixada

15 ago, 2020 - 00:09 • Lusa

A missão da embaixadora de Portugal em Nicósina, acreditada no Líbano, permitiu falar com muitos compatriotas e conhecer melhor as suas preocupações, diz o ministério tutelado por Augusto Santos Silva.

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O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal reafirmou esta sexta-feira a importância de os portugueses residentes no Líbano continuarem em contacto com a embaixada em Nicósia (Chipre), após as explosões que abalaram Beirute, provocando a morte de 178 pessoas.

“Terminou a missão a Beirute da embaixadora de Portugal residente em Nicósia, acreditada no Líbano. A missão permitiu falar com muitos compatriotas e conhecer melhor as suas preocupações. É agora muito importante que todos se mantenham em contacto com a nossa embaixada”, refere o ministério tutelado por Augusto Santos Silva, em publicação na rede social Twitter.


Várias explosões devastadoras no porto de Beirute, em 4 de agosto, provocaram pelo menos 178 mortes, 6.568 feridos e milhares de desalojados.

Em termos materiais, destruíram a maior parte do porto, arrasaram os quarteirões vizinhos, danificaram seis hospitais e mais de 20 clínicas e destruíram 120 escolas.

A embaixadora não residente de Portugal no Líbano, Manuela Bairos, encontrava-se desde domingo à tarde em Beirute, apesar de ter estado confinada num hotel da capital libanesa durante 36 horas a aguardar os resultados do teste ao novo coronavírus feito à chegada à capital libanesa.

A visita da embaixadora permitiu a regularização dos documentos de identificação, alguns dos quais caducados há vários anos, de pelo menos uma dúzia de luso libaneses que vivem no país.

À Renascença, a diplomata diz que no Líbano devem estar cerca de uma centena de cidadãos portugueses, muitos dos quais com dupla nacionalidade.

As explosões, que as autoridades libanesas têm atribuído a um incêndio num depósito no porto onde se encontravam armazenadas cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amónio, deixaram também cerca de 300.000 pessoas desalojadas, havendo ainda, segundo os mais recentes dados oficiais, cerca de duas dezenas de desaparecidos.

As explosões vieram também alimentar a revolta de uma população já mobilizada desde o outono de 2019 contra os líderes libaneses, acusados de corrupção e ineficácia.

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