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Minsk

Presidente Lukashenko convoca manifestação de apoio ao Governo bielorrusso

16 ago, 2020 - 11:44 • Lusa

A imprensa nacional relata denúncias de funcionários públicos que dizem ter sido ameaçados com despedimento, caso não comparecessem ao encontro oficial promovido pela Belaya Rus.

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A organização política bielorrussa Belaya Rus convocou uma manifestação em Minsk de apoio ao Presidente, Alexander Lukashenko, que na última semana enfrentou a maior onda de protestos populares nos seus 26 anos de poder.

“Será um encontro pacífico que juntará as forças que apoiam as políticas do Estado, aqueles que amam a pátria e que estão contra a divisão do país em dois. Connosco está a Bielorrúsia construtiva”, lê-se numa convocatória publicada no Facebook e citada pela agência de notícias espanhola EFE.

A manifestação, que tem como slogan “Não deixaremos destruir o país” irá realizar-se em frente à sede do Governo e será quase coincidente com a “grande marcha cidadã pela liberdade", que está marcada para as 14h00 deste domingo (12h00 em Lisboa).

Ao jornal digital bielorrusso tut.by chegaram denúncias de funcionários públicos que dizem ter sido ameaçados com despedimento, caso não comparecessem ao encontro oficial promovido pela Belaya Rus.

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Desde o passado domingo, dezenas de milhares de manifestantes têm saído às ruas de várias cidades para contestar a reeleição de Alexander Lukashenko, denunciando fraudes massivas e casos de repressão violenta por parte do Governo.

As manifestações, que começaram após a reeleição de Lukashenko, transformaram-se no maior movimento de protesto desde que o presidente chegou ao poder, em 1994.

Depois de uma sondagem que indicara que Lukashenko voltava a ser reeleito presidente com mais de 80% dos votos e da confirmação dos resultados pela comissão eleitoral, estalaram os protestos, com manifestantes em 33 cidades e localidades, alegando que as eleições tinham sido fraudulentas.

Dos protestos resultaram até ao momento dois mortos, quase três centenas de feridos e cerca de sete mil pessoas detidas.

Vários detidos, entretanto libertados, denunciaram ter sido alvo de torturas nos centros de detenção, tendo exibido aos meios de comunicação social essas agressões.

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