17 ago, 2020 - 17:24 • Eunice Lourenço com Redação
Espanha regista mais 16 mil novos casos de infeção por Covid-19, nos últimos três dias. O anúnciou foi feito esta segunda-feira pelo responsável espanhol pela saúde pública, Fernando Simon, em conferência de imprensa. Metade destes 16 mil casos pertencem às regiões de Catalunha e de Madrid.
De acordo com a contagem independente da Universidade Johns Hopkins, Espanha apresenta mais de 340 mil casos confirmados do novo coronavírus e um total de 28.617 mortes, desde o início da pandemia.
O país vizinho duplicou, nos últimos tempos, a média diária de casos suspeitos, passando de 10 mil para 20 mil casos suspeitos por dia. A idade média dos doentes é cada vez mais baixa e o responsável pela autoridade sanitária espanhola já disse que as festas familiares e os lugares de ócio noturno estão na origem de maioria dos surtos registados no país. No mesmo período foram, ainda, registados 29 óbitos devido à doença.
"Sabemos que é muito provável termos vacinas disponíveis no fim do ano, em novembro ou dezembro, mas é difícil que alguma das vacinas que estão a ser desenvolvidas a nível europeu esteja disponível muito antes de novembro. Não consigo ir muito além disto porque não temos detalhes técnicos sobre as vacinas que estão a ser desenvolvidas na Rússia e na China que nos permitam prever se podem ou não ser aprovadas para uso na Europa", adiantou o responsável espanhol pela saúde pública.
Em Espanha, muitas das medidas dependem das autoridades regionais, mas na sexta-feira o governo espanhol chegou a acordo com as autoridades autónomas para duas medidas: a proibição de fumar na rua sempre que não seja possível respeitar os dois metros de distância entre pessoas e o encerramento dos locais de divertimento noturno, como as discotecas e todos os locais de dança, assim como os chamados ‘bares de copas’, ou seja ou bares que sirvam só bebidas. O ministério da Saúde espanhol acredita que estes locais são os responsáveis por grande parte dos novos surtos.
Segundo os números da Organização Mundial de Saúde, o país já ultrapassou o Irão, regressando ao top-10 de países com mais infeções identificadas, e é a nação da União Europeia com maior número de casos de infeção.