17 ago, 2020 - 07:36 • Lusa
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Após o anúncio da Rússia, na passada semana, o Gabinete de Propriedade Intelectual do Estado Chinês aprovou a primeira patente de uma candidata a vacina contra a Covid-19, que pode "ser produzida em massa num curto período de tempo".
A vacina, na terceira fase de testes, desenvolvida pelo Instituto Científico Militar e pela empresa biofarmacêutica chinesa CanSino Biologics, começou a ser usada no final de junho no Exército chinês, depois de uma equipa liderada pelo pesquisador Chen Wei descobrir um anticorpo monoclonal neutralizante altamente eficiente.
Os resultados da segunda fase de testes clínicos da vacina mostraram que é segura e induz uma resposta imune contra o coronavírus, segundo uma investigação publicada no final de julho no “The Lancet”.
De acordo com a patente, a vacina mostrou uma "boa resposta imunológica em ratos e roedores, podendo induzir o organismo a produzir uma forte resposta imunitária celular e humoral em pouco tempo", noticiou o jornal cantonês Southern Metropolis.
Por outro lado, "pode ser produzida em massa num curto período de tempo" e é "rápida e fácil de preparar". A segurança e eficácia devem ser comprovadas na fase três, que se vai realizar fora do país.
Por outro lado, especialistas citados pelo jornal “Global Times” indicaram que a concessão da patente demonstra a "originalidade e criatividade" da vacina, e que "é provável que a CanSino também solicite uma patente junto de autoridades estrangeiras para proteger os direitos de propriedade intelectual durante a cooperação internacional".
Na investigação publicada em julho no The Lancet indicou-se que mais de 500 pessoas foram testadas após os primeiros testes publicados em maio, também com resultados positivos. Contudo, reconhece-se que serão necessários mais testes em humanos na terceira fase para confirmar se esta candidata a vacina protege efetivamente contra a infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2.
No total, a segunda fase de testes da candidata a vacina, que usa um vírus enfraquecido da constipação comum (o adenovírus tipo 5, Ad5-nCoV), envolveu 508 participantes.
A CanSino Biologics desenvolveu com a Academia Militar de Ciências da China uma vacina contra o vírus Ebola que obteve licença provisória em 2017.
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