19 ago, 2020 - 13:26 • Redação com Reuters
O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, ordenou que o Ministério do Interior tome medidas para acabar com a onda de manifestações na capital Minsk.
A notícia foi avançada esta quarta-feira pela agência de notícias Belta, numa altura em que sobe de tom a contestação nas ruas a Alexander Lukashenko depois de umas eleições fraudulentas.
O líder bielorrusso também determinou que os funcionários do Estado que façam greve no âmbito dos protestos não possam voltar aos locais de trabalho.
O Ministério do Interior também recebeu ordens para reforçar o controlo das fronteiras para travar a entrada de “combatentes e armamento”, noticia a agência Belta.
Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia reúnem esta quarta-feira para debater a situação na Bielorrússia. Em declarações à Renascença, a eurodeputada social democrata Lídia Pereira espera uma clarificação das sanções ao regime de Minsk e uma palavra da UE para com a oposição.
A líder da oposição bielorrussa, Svetlana Tikhanovskaya, pediu esta quarta-feira aos líderes europeus que rejeitem os resultados da eleição presidencial "fraudulenta".
"Peço que não reconheçam estas eleições fraudulentas. Lukashenko perdeu toda a legitimidade aos olhos de nossa nação e do mundo", disse Tikhanovskaya em inglês num vídeo enviado ao Conselho da Europa e publicado no YouTube.
Na terça-feira, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, advertiu o homólogo francês, Emmanuel Macron, para o facto de ser "inadmissível" a interferência nos assuntos internos da Bielorrússia e, paralelamente, pressionar as autoridades de Minsk.