20 ago, 2020 - 10:36 • Lusa
Veja também:
O Presidente francês insiste que o país não pode parar com um novo confinamento geral porque os efeitos negativos são "consideráveis", embora reconheça que não se pode excluir nenhum cenário.
Em declarações publicadas pela “Paris Match”, Emmanuel Macron admite que com o seu governo o confinamento é uma das hipóteses: “não nos proibimos de nada”.
No entanto, o Presidente afirma que têm de existir “estratégias muito localizadas” como a que foi aplicada em Mayenne, onde ocorreu um dos surtos mais importantes em França.
“Este tipo de ação local poderá levar a um reconfinamento seletivo que poderá ser instituído se a situação o impuser”, sublinhou.
Macron explica que a gestão dos surtos está a sobrepor-se à “ansiedade económica” e salientou “que todos são coautores na luta contra o vírus, com máscara, distanciamento físico e higiene”.
O governante enfatizou que “o país não pode parar porque os danos colaterais de um confinamento são consideráveis”.
De acordo com Macron, o risco zero nunca existe numa sociedade e, por isso, deve-se "responder a essa ansiedade sem cair na doutrina do risco zero e sem cair em medidas extremas”.
Na quarta-feira, a Direção-Geral da Saúde francesa indicou que em 24 horas foram registados 3.776 casos, o maior número em mais de três meses e meio. Até agora o país registou 225.043 mil casos positivos e mais de 30 mil mortos.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos e mais casos de infeção confirmados.
A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 781.194 mortos e infetou mais de 22,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).