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Estados Unidos

Jacob Blake. Afroamericano baleado pela polícia está paralisado da cintura para baixo

25 ago, 2020 - 16:08 • Redação

Pelo segundo dia consecutivo, a cidade de Kenosha foi palco de manifestações violentas.

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"Queremos justiça!" Protestos no Wisconsin após homem negro ser baleado pela polícia
"Queremos justiça!" Protestos no Wisconsin após homem negro ser baleado pela polícia

Jacob Blake, o afroamericano baleado pelas costas por um polícia, está paralisado da cintura para baixo, disse o pai ao jornal “Chicago Sun Times”.

Os médicos ainda não sabem se as lesões são permanentes, adianta o pai do homem de 29 anos que é a mais recente vítima de violência policial nos Estados Unidos.

Nas declarações ao “Chicago Sun Times”, o patriarca da família Blake afirma que o filho tem oito buracos de bala no corpo.

“Qual é a justificação para todos aqueles tiros? O que justifica fazer aquilo em frente aos meus netos? O que estamos a fazer?”, pergunta o pai, que também se chama Jacob Blake.

Blake vai deslocar-se da Carolina do Norte, onde residente, ao Wisconsin, onde o filho se encontra internado.

“Quero colocar a mão no rosto do meu filho, beijá-lo na testa e então vou estar OK”, refere.

Jacob Blake, um cidadão norte-americano negro de 29 anos, foi baleado múltiplas vezes nas costas pela polícia, no último domingo, em Kenosha, no Wisconsin.


O advogado da família, Ben Crump, afirma que os três filhos de Blake (com três, cinco e oito anos) estavam dentro do carro, no momento dos disparos, avança a CNN.

Um vídeo gravado por testemunhas, mostra a vítima - aparentemente desarmada - a dirigir-se para o interior de uma carrinha, ignorando o pedido repetido dos agentes para que parasse, quando um polícia branco o puxa pela camisola de alças e dispara sete tiros seguidos.

Pelo segundo dia consecutivo, a cidade de Kenosha foi palco de manifestações violentas.

Le Bron James já comentou o caso de Jacob Blake. A estrela da NBA afirma que "as pessoas negras vivem com medo na América".

Depois de ver o vídeo do incidente, o basquetebolista conclui que a polícia podia ter neutralizado o homem com recurso à força física. "Eles não tinham que fazer aquilo. Por que é tem de chegar a um ponto em que vemos armas a disparar?", lamenta Le Bron James.

Em maio deste ano, George Floyd, de 46 anos, foi assassinado por um polícia branco em Mineápolis. Neste caso, o agente que sufocou Floyd ao pressionar o joelho contra o pescoço durante mais de oito minutos, durante os quais o afro-americano avisou que não conseguia respirar. Esta morte ocorreu durante a sua detenção por suspeita de ter usado uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) numa loja.

Em junho, um homem negro foi morto pela polícia em Atlanta, na sequência de uma luta em que a vítima terá agarrado o taser do agente e ter-lho-á apontado enquanto fugia.

A polícia tinha sido chamada ao local devido a uma queixa de que um homem estava a dormir dentro de um carro num restaurante "drive-thru" (comprar comida sem sair do carro) e a bloquear a passagem de outras viaturas. O homem baleado foi identificado como Rayshard Brooks, de 27 anos.

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