29 ago, 2020 - 21:48 • Lusa
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O Reino Unido registou, nas últimas 24 horas, 1.108 novos casos de Covid-19, de acordo com dados oficiais divulgados este sábado pelas autoridades britânicas.
De acordo com os números do Ministério da Saúde do Reino Unido, citados pela agência Efe, verificaram-se 12 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, o que eleva o total de mortos para os 41.498 desde o início da pandemia.
Os dados oficiais incluem as mortes que se verificam num prazo de 28 dias, depois de um paciente ter dado positivo.
Enquanto os contágios no país continuam a rondar o milhar, o ministro britânico da Saúde, Matt Hancock, sugeriu, em declarações publicadas pelo "The Times", que as restrições poderiam não ser levantadas até depois do Natal, para evitar outro "aumento" de casos de Covid-19.
O governante assinalou que "uma segunda vaga é claramente visível noutras partes do mundo", o que supõe "uma ameaça muito grave".
"Os casos estão a subir novamente e temos de desencadear medidas de confinamento locais e adotar novas medidas a nível nacional. Não o descartamos, mesmo que não o queiramos", disse Matt Hancock à publicação britânica.
Por outro lado, milhares de pessoas de todo o país reuniram-se na praça londrina de Trafalgar para rejeitar as restrições impostas pelo governo de Boris Johnson (conservador) para travar a propagação da pandemia, assim como para rejeitar as campanhas que promovem a vacinação em massa.
Segundo a Efe, entre essas pessoas encontravam-se céticos que negam a existência do coronavírus, apoiantes de teorias da conspiração e militantes do movimento anti-vacinas.
Com cartazes contra a Organização Mundial de Saúde (OMS), contra o empresário norte-americano Bill Gates e contra as restrições do executivo Conservador, os manifestantes pediram o fim do uso obrigatório de máscaras e de outras normas, considerando a pandemia um "engano" ou uma "brincadeira".
A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 838 mil mortos e infetou quase 24,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.818 pessoas das 57.448 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.