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Aberta investigação à morte de outro homem negro às mãos da polícia nos EUA

01 set, 2020 - 20:42 • Lusa

O caso ocorreu num bairro pobre de Los Angeles e está a causar manifestações contra a violência policial e o racismo.

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As autoridades dos Estados Unidos estão a investigar outra morte de um negro ás mãos da polícia, neste caso num bairro pobre de Los Angeles, que morreu na segunda-feira após ser atingido a tiro pelos agentes.

A informação foi divulgada esta terça-feira pelo Gabinete do xerife do Condado de Los Angeles, através do tenente Brandon Dean, que não revelou a identidade da vitima, em declarações ao jornal local Los Angeles Times.

De acordo com o relatório da ocorrência, o homem foi detido quando circulava numa bicicleta em violação do código da estrada, tendo deixado a bicicleta para trás e fugido dos agentes.

A polícia conseguiu alcançá-lo e foi nesse momento, segundo Dean, que o jovem “acertou no rosto de um dos polícias” com um soco, deixando cair uma bolsa com vários objetos, incluindo uma arma.

“Os polícias repararam que estava uma pistola semiautomática dentro da pilha de roupas”, continuou o tenente.

Os agentes abriram fogo e o homem, atingido por várias balas, morreu no local.

“Eles estava na posse de uma arma de fogo e atacou um polícia”, insistiu Dean, indicando que foi aberta uma investigação ao caso.

Embora as autoridades não tenham identificado a vítima, os familiares asseguraram em declarações ao canal de televisão CBS de Los Angeles que é Dijon Kizze, de 29 anos.

Após o incidente, cerca de uma centena de pessoas reuniram-se convocadas pela organização Black Lives Matter (“Vidas Negras Importam”) através das redes sociais.

O movimento antirracista e contra a violência policial foi reacendido nos Estados Unidos depois de um polícia branco ter atingido um afro-americano por sete vezes nas costas em Kenosha, no Estado do Wisconsin.

Durante este verão, os Estados Unidos foram palco de contínuas manifestações por todo o país, que por vezes degeneram em confrontos e que desencadearam a declaração do estado de emergência em várias cidades e a mobilização de efetivos da Guarda Nacional (militares de reserva).

Estas manifestações antirracismo e contra a violência policial foram desencadeadas pelo caso de George Floyd, um afro-americano que morreu asfixiado pelo joelho de um polícia branco em maio passado, na cidade norte-americana de Minneapolis.

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