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Veneno de abelhas pode vir a ser usado na luta contra o cancro da mama

03 set, 2020 - 12:37 • Redação

Substância presente no veneno das abelhas pode destruir células tumorais e abrandar a sua replicação. A descoberta, do Instituto Harry Perkins para a Investigação Médica, na Austrália, é revelada pela revista "Nature Precision Oncology".

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Cientistas australianos descobriram que a meltinina, componente presente no veneno das abelhas, pode destruir as células malignas do cancro da mama.

A descoberta, do Instituto Harry Perkins para a Investigação Médica, na Austrália, é revelada pela revista "Nature Precision Oncology", esta terça-feira.

“Este estudo demonstra como a meltinina interfere com as vias de sinalização dentro das células cancerígenas para reduzir a divisão celular”, explicou o investigador Peter Klinken, à BBC. A divisão celular é um processo através do qual as células se duplicam, originando uma segunda célula com o mesmo material genético.

Os testes, realizados em laboratório, mostraram-se eficazes nos cancros triplo-negativo e HER2+, dois tipos de neoplasias da mama difíceis de tratar. No estudo testou-se venenos de mais de 300 abelhas e abelhões. Os cientistas alertam que, apesar de a descoberta ser “emocionante”, ainda é preciso realizar mais estudos.

A investigadora que liderou o estudo, Ciara Duffy, afirmou que a meltinina era “extremamente potente” no tratamento. Uma dose do extrato do veneno de abelha foi considerada suficiente para matar as células malignas no espaço de uma hora, sem causar danos às outras células - sendo este um dos efeitos secundários dos atuais tratamentos.

O estudo revelou, ainda, que o componente era eficaz a “desligar” e abrandar a replicação de células cancerígenas. Um tumor é um conjunto de células anormais que se multiplicam descontroladamente.

Apesar da meltinina ser um composto natural encontrado no veneno das abelhas, pode ser produzido sinteticamente em laboratório.

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  • carlos silva
    04 set, 2020 Évora 00:43
    Temos na terra tudo o que é necessário para vivermos para além do imaginário...só é necessário descobrir.

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