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Pandemia de Covid-19

Brasil ultrapassa 4 milhões de infetados, Bolsonaro diz que vacina não será obrigatória

04 set, 2020 - 00:14 • Joana Azevedo Viana com Reuters

Desde a chegada da pandemia ao Brasil e até esta quinta-feira, 124.614 pessoas morreram infetadas com Covid-19 no país.

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O Brasil ultrapassou esta quinta-feira a barreira de quatro milhões de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus, após ter registado 43.773 novos casos e 834 mortes nas últimas 24 horas, adiantou o Ministério da Saúde.

Neste momento, há 4.041.638 infetados em todo o país, sendo que 124.614 pessoas morreram infetadas com Covid-19 desde a chegada da pandemia ao Brasil. Só os Estados Unidos da América ultrapassam o país em número de infetados e mortos.

Ao todo, 3.247.610 pessoas já recuperaram da doença provocada pelo novo coronavírus e 669.414 estão em acompanhamento, mostram os dados do Ministério da Saúde.

Diversas autoridades e instituições de saúde alertam para a possibilidade de os números reais de casos e mortes serem superiores, dada a falta de testagem em larga escala e a subnotificação de casos.

Após a apresentação do mais recente balanço da situação epidemiológica no país, o Presidente do Brasil anunciou que as vacinas que venham a estar disponíveis para inocular as pessoas contra a Covid-19 não serão obrigatórias.

"Muitas pessoas querem que a vacina seja aplicada de forma coerciva, mas não há nenhuma lei que o permita", disse Jair Bolsonaro durante um live chat com apoiantes no Facebook.

No início da semana, na conta de Twitter da assessoria da presidência, tinha sido publicada a mensagem: "O Governo do Brasil investiu bilhões de reais para salvar vidas e preservar empregos. Estabeleceu parceria e investirá na produção de vacina. Recursos para estados e municípios, saúde, economia, TUDO será feito, mas impor obrigações definitivamente não está nos planos."

Recentemente, o vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, tinha admitido que será necessária uma campanha de vacinação em massa para lutar contra a Covid-19 no Brasil. Esta quinta-feira, garantiu contudo que nunca fez referência à obrigatoriedade de vacinação, alinhando com a posição assumida por Bolsonaro, que já por diversas vezes minimizou a gravidade desta pandemia.

"Não há como o Governo -- a não ser que nós vivêssemos numa ditadura -- obrigar todos a se vacinar", declarou hoje Mourão em entrevista à Rádio Jornal, de Pernambuco.

A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 863.679 mortos e infetou mais de 26 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço mais recente da agência francesa AFP com base em dados oficiais.

Comentários
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  • Anónimo
    04 set, 2020 19:36
    Defende ditadura militar mas não quer tornar uma vacina obrigatória...

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