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Vacina da AstraZeneca. Voluntário do ensaio teve uma inflamação na coluna

10 set, 2020 - 12:14 • Redação com agências

Farmacêutica espera saber, ainda antes do fim do ano, se a vacina que está a desenvolver protege eficazmente contra a Covid-19.

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A farmacêutica AstraZeneca revelou, esta quinta-feira, qual a reação adversa que levou à suspensão da última fase de testes da vacina, que está a ser desenvolvida com a Universidade de Oxford. O voluntário apresentou uma rara inflamção da coluna vertebral (mielite transversa).

A informação foi dada pelo diretor-geral da empresa. Segundo a agência Reuters, Pascal Soriot revelou que os dados vão ser entregues a um comité independente para análise, que irá comunicar à farmacêutica se os testes clínicos podem ser retomados.

Contudo, o mesmo responsável afirmou ainda que até ao fim do ano será possível saber se a vacina em desenvolvimento é de facto eficaz contra a Covid-19 desde que os ensaios clínicos sejam reiniciados brevemente.

Pascal Soriot lembrou ser normal a suspensão de testes durante o desenvolvimento de vacinas. “É muito comum, na verdade, e muitos especialistas também o dirão. Param, estudam, recomeçam.”

Não se sabe ainda quanto tempo vai durar a suspensão dos ensaios que estavam a ser feitos desde a fase 1 em 62 locais nos Estados Unidos. Brasil, África do Sul e Reino Unido, onde a reação adversa foi identificada, receberam ensaios das fases dois e três.

Os resultados preliminares das fases um e dois, publicados em julho, revelaram que cerca de 60% dos mil voluntários apresentaram efeitos secundários, embora todos tenham sido considerados ligeiros ou moderados. Na altura, os testes foram encarados como promissores no que diz respeito à segurança e à criação de imunidade, sendo que 90% dos participantes (entre os 18 e os 55 anos) desenvolveram anticorpos contra o vírus SARS-CoV-2.

No dia 27 de agosto, a Comissão Europeia oficializou a compra de 300 milhões de doses. O investimento foi de 336 milhões de euros. Caso venha a ser bem sucedida, Portugal conta receber cerca de sete milhões de doses.

Vários laboratórios espalhados pelo mundo estão na corrida para desenvolver rapidamente uma vacina contra o novo coronavírus. Segundo o “London School of Hygiene & Tropical Medicine”,há 239 projetos e oito estão na fase de ensaios clínicos.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 900 mil mortos e infetou mais de 27,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o último balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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  • Ivo Pestana
    10 set, 2020 Funchal 14:56
    Nenhuma vacina é perfeita, mas para lá caminha. Esperamos.

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