11 set, 2020 - 06:43 • Redação com agências
As chamas que não dão tréguas às autoridades e já obrigaram a centenas de evacuações já provocaram 15 mortos: 10 na Califórnia e outros cinco no Washington e Oregon.
Bombeiros de todo o país foram chamados a ajudar para tentarem conter as chamas. Até quinta-feira mais de cem fogos, em 12 estados, consumiram quase dois milhões de hectares.
Um incêndio que lavra há semanas no norte da Califórnia tornou-se no mais mortífero deste ano naquele estado norte-americano, depois de as autoridades anunciarem mais sete mortes, elevando para dez o total nos últimos dias.
As autoridades receiam que o número de mortos venha a aumentar, numa altura em que há, pelo menos, 16 pessoas desaparecidas e em que as equipas de socorros lutam para conseguir chegar às áreas devastadas pelo fogo.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, falou na quinta-feira com o governador daquele estado, Gavin Newsom, para expressar "condolências pela perda de vidas e reiterar o total apoio da administração para ajudar os que se encontram na linha da frente dos incêndios", segundo o porta-voz da Casa Branca, Judd Deere.
Perto de 4.000 casas e edifícios já arderam em todo o estado, num incêndio que está ativo há semanas.
Foram emitidos alertas ou ordens de evacuação em três condados californianos, afetando cerca de 20 mil pessoas.
Os incêndios continuam a devastar a costa oeste dos Estados Unidos, forçando milhares a fugir e destruindo centenas de habitações.
Cerca de 14 mil bombeiros continuam a combater as chamas de 29 grandes incêndios florestais, do estado de Washington, que faz fronteira com o Canadá, até San Diego, no sul da Califórnia.
Além dos dez mortos no condado californiano de Butte, outras três pessoas morreram na quarta-feira no estado do Oregon, incluindo uma criança de 12 anos. No estado de Washington, um bebé de um ano morreu na quarta-feira.
O Oregon está a enfrentar incêndios "sem precedentes" na sua história, segundo a governadora, Kate Brown, que previa, na quarta-feira, "numerosas perdas, em termos de edifícios e vidas humanas".
Vários estudos nos últimos anos têm ligado os cada vez maiores incêndios florestais nos EUA com o aquecimento global provocado pela queima de carvão, petróleo e gás.