16 set, 2020 - 13:15 • Lusa
As autoridades alemãs suspenderam 29 polícias suspeitos de difundirem propaganda de extrema-direita em grupos de conversação telefónica (WhatsApp) ativos há vários anos, disseram esta quarta-feira fontes oficiais.
As buscas foram realizadas em 34 localidades, incluindo em postos de polícia e apartamentos privados na zona industrial do Reno, disse Herbert Reul, o ministro do Interior do Estado da Renânia do Norte-Vestefália.
O material inclui a "mais louca e repugnante agitação neonazi, racista e anti-refugiados", disse o ministro.
Os documentos apreendidos incluem fotografias de Adolf Hitler, suásticas, montagens fotográficas de refugiados em câmaras de gás nos campos de concentração nazis ou de disparos contra pessoas de raça negra.
“Em Portugal, o Blood & Honour, o Portugal Ham(...)
O material era distribuído em pelo menos cinco grupos de WhatsApp, através de telemóveis, por um número considerável de polícias.
Um dos grupos surgiu em 2012 e o que contém mais imagens foi criado em 2015.
A mensagem neonazi mais recente data do passado dia 27 de agosto.
A maior parte dos polícias alegadamente envolvidos na rede de mensagens neonazis são da zona do Reno e de Muelheim,
Os 29 indivíduos que pertencem ao corpo de polícia alemão foram suspensos e estão a ser alvo de processos disciplinares.
Este caso denuncia mais uma vez o neonazismo no seio das forças policiais alemãs, apesar das posições das chefias, que têm minimizado o assunto ao longo dos últimos anos em que se verifica um aumento dos movimentos de extrema-direita no país.
Em julho, Horst Seehofer, oficial de topo ao nível federal alemão, rejeitou o iniciar investigações sobre a proliferação do racismo na polícia da Alemanha, argumentado que não se tratava de um "problema estrutural".