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Índia. Morte de vítima de violação em grupo gera indignação

29 set, 2020 - 10:30 • Olímpia Mairos

Jovem de 19 anos morre após estar internada duas semanas. Caso está a provocar grande indignação na Índia e através das redes sociais clama-se por justiça.

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A morte de uma jovem mulher, de 19 anos, após ter sido violada por um grupo de quatro homens, em Nova Deli, está a causar grande indignação na Índia.

Segundo a BBC, a mulher deu entrada no hospital há duas semanas com vários ferimentos graves. O ataque terá acontecido no dia 14 de setembro, no estado de Uttar Pradesh, tendo sido presos quatro homens.

A notícia da morte jovem dalit (uma castas mais baixas do sistema hindu) provocou grande indignação no país e muitos usaram as redes sociais para exigir justiça.

À imprensa local, a polícia referiu que os homens arrastaram a vítima para um campo, no distrito de Hathras, onde supostamente a violaram.

O irmão da vítima confirmou o óbito, lembrando que “nenhuma detenção foi feita nos primeiros 10 dias, após o incidente”.

Os partidos da oposição no estado de Delhi já condenaram o ataque.

Citado pela BBC, Mayawati, ex-ministro-chefe de Uttar Pradesh, afirmou que “o governo deve providenciar toda a ajuda possível à família da vítima e garantir a punição rápida aos culpados, processando-os em tribunal”.

Akhilesh Yadav, outro ex-ministro-chefe, acusou o governo de ser “insensível” aos crimes contra as mulheres.

O político e ativista dalit, Chandrashekhar Azad, chegou a vítima no hospital, tendo o seu partido convocado protestos.

No Twitter, a morte da jovem é um dos principais temas de discussão.

Os dalits são os cidadãos mais oprimidos da Índia, devido à sua posição na hierarquia das castas. E embora as leis os protejam, a discriminação é uma realidade diária para esta população, estimada em cerca de 200 milhões.

As leis contra agressões sexuais endureceram na Índia, depois de uma jovem estudante universitária ter morrido, após ser violada e torturada por seis homens num autocarro, em Nova Deli, em 2012. Contudo, este endurecimento da lei não evita que outros casos continuem a acontecer no país.

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