08 out, 2020 - 18:21 • Redação com Reuters
Seis homens foram detidos esta quinta-feira pelo FBI por planearem "instigar uma guerra civil" e raptar a atual governadora do Michigan, Gretchen Whitmer, antes das presidenciais de 3 de novembro.
Segundo a polícia federal, para concretizar o plano os suspeitos pretendiam pedir ajuda a uma milícia armada conhecida como os "Wolverine Watchmen".
Em conferência de imprensa, a procuradora-geral do Michigan, Dana Nessel, adiantou que, se forem declarados culpados, os seis suspeitos enfrentam penas de prisão perpétua.
"Através dos nossos esforços, detetámos um plano elaborado para pôr em risco as vidas dos nossos agentes de segurança, de membros do Governo e dos cidadãos em geral", adiantou.
De acordo com o FBI, o caso remonta ao início deste ano, quando o grupo foi apanhado a "discutir um golpe violento para derrubar componentes específicas do Governo e das forças de segurança". A informação consta de um depoimento do agente especial Richard Trask, hoje divulgado pelas autoridades.
Segundo Trask, há provas suficientes para indiciar os seis homens - Adam Fox, Barry Croft, Ty Garbin, Kaleb Franks, Daniel Harris e Brandon Caserta - pela conspiração para raptar Whitmer, membro do Partido Democrata e alvo assíduo de críticas do atual Presidente norte-americano, o republicano Donald Trump, sobretudo por aplicar medidas de distanciamento social e outras restrições para combater a pandemia de Covid-19.
Em setembro, um dos homens, Adam Fox, publicou uma mensagem encriptada num chat a dizer que não queria agendar o último treino antes do rapto para a última semana de outubro, porque nessa altura restaria pouco tempo para executar o plano antes das eleições presidenciais de 3 de novembro.
Ainda segundo o depoimento de Trask, "o grupo concordou que seria melhor aproveitar esse tempo para angariar dinheiro para comprar explosivos e outros mantimentos".