22 out, 2020 - 19:05 • Lusa
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O primeiro-ministro francês, Jean Castex, anunciou esta quinta-feira que o recolher obrigatório vai ser alargado a mais 38 departamentos de França a partir de sábado, abrangendo 46 milhões de pessoas, dada a grave evolução da pandemia de Covid-19 no país.
“A situação é grave”, disse o chefe do governo francês ao anunciar, em conferência de imprensa, a extensão do recolher obrigatório, que vigora entre as 21:00 e as 06:00.
Jean Castex evocou uma progressão “rápida e muito preocupante da pandemia” no país, que se traduziu num aumento numa semana de 40% da taxa de incidência (casos confirmados por 100.000 habitantes) para os atuais 251.
“A circulação do vírus atinge um nível extremamente elevado”, frisou o primeiro-ministro, advertindo que “o número de mortos” vai “continuar a aumentar”.
“Os nossos serviços hospitalares vão estar sujeitos a um duro teste”, disse, frisando que “os novos casos de hoje são os hospitalizados de amanhã e, infelizmente, talvez os mortos de depois de amanhã”.
Coronavírus
O recolher aplica-se entre as 21h e as 6h, mas o P(...)
França conta com 101 departamentos, 54 dos quais passam a estar sujeitos à medida, assim como o território ultramarino francês da Polinésia, “por seis semanas”.
Em cidades como Paris, o recolher obrigatório está já em vigor desde 17 de outubro.
A medida entra em vigor à meia-noite de sexta-feira e, como durante o confinamento, prevê exceções para quem tenha de sair de casa para trabalhar ou procurar assistência médica.
O desrespeito da medida implica o pagamento de multa de 135 euros, que pode ser agravada até aos 1.500 euros.
França regista nas últimas semanas um aumento significativo do número de novos casos e de hospitalização de infetados com o vírus SARS-CoV-2.
Desde o início da pandemia, e segundo números oficiais de quarta-feira, o país contabiliza 957.421 casos e 34.048 mortes.
O novo coronavírus já infetou mais de 41,3 milhões de pessoas em todo o mundo, 1,1 milhões das quais morreram, segundo um balanço de hoje da agência France-Presse (AFP).