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Casa Branca cita Ivanka Trump para declarar o fim da pandemia no país

28 out, 2020 - 00:09 • André Rodrigues

Relatório do Gabinete de Política de Ciência e Tecnologia da Casa Branca apresenta o que diz serem as realizações científicas do primeiro mandato de Donald Trump e inclui um capítulo que refere que, “desde o início da pandemia, a administração tomou ações decisivas para envolver cientistas e profissionais de saúde na academia, indústria e governo para derrotar a doença”.

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A uma semana das eleições presidenciais nos Estados Unidos, a administração Trump declarou, esta terça-feira, “a vitória sobre a pandemia”, numa altura em que o número de vítimas mortais no país ultrapassa as 226 mil, a par com mais de 8,8 milhões de casos de infeção acumulados desde o início da pandemia.

O caso foi noticiado esta terça-feira pelo Huffington Post e surgiu na sequência de um comunicado à imprensa sobre um novo relatório de 62 páginas do Gabinete de Política de Ciência e Tecnologia da Casa Branca, elencando o que diz serem as realizações científicas e tecnológicas do primeiro mandato de Donald Trump.

Da lista consta um capítulo intitulado “Ending the Covid-19” onde pode ler-se que, “desde o início da pandemia da Covid-19, a administração tomou ações decisivas para envolver cientistas e profissionais de saúde na academia, indústria e governo para entender, tratar e derrotar a doença”.

Um dos especialistas mencionados é Ivanka Trump, que não tem qualquer experiência na área científica.

No entanto, em comunicado a filha e conselheira do presidente refere que, “nos últimos quatro anos, as políticas e os investimentos do presidente Trump em ciência e tecnologia garantem que a América esteja preparada para resolver os desafios mais urgentes e que a nossa força de trabalho esteja preparada para as inovações do futuro amanhã”.

Ivanka acrescenta que, “nos próximos anos, essas conquistas garantirão que os EUA continuem a ser líderes mundiais na investigação e nas indústrias que moldarão o futuro”.

Diferente é a leitura da comunidade científica norte-americana.

Um relatório recente da Universidade de Columbia alude a “falhas abjetas” das agências governamentais sob o comando de Donald Trump que resultaram num número de vítimas mortais que varia entre as 130 mil e as 210 mil mortes evitáveis atribuíveis à infeção pelo novo coronavírus.

Esta terça-feira, o número de mortes por Covid-19 nos EUA ultrapassou as 226 mil e o país regista uma média diária que supera os 70 mil novos casos de infeção.

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