Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Coronavírus

Acordo para “distribuição justa” de vacinas é boa notícia para UE, diz Von der Leyen

29 out, 2020 - 23:28 • Lusa

A Comissão Europeia já assinou contratos com três farmacêuticas para assegurar vacinas para a Europa quando estas se revelarem eficazes: a AstraZeneca (300 milhões de doses), a Sanofi-GSK (300 milhões) e a Johnson & Johnson (200 milhões).

A+ / A-

Veja também:


A presidente da Comissão Europeia classificou esta quinta-feira o acordo para futura “distribuição justa” de vacinas para a Covid-19 na União Europeia (UE) como “boa notícia”, pedindo aos Estados-membros para preparem já os seus planos nacionais de vacinação.

“Queremos assegurar uma distribuição justa de vacinas aos Estados-membros e, nessa área, tenho boas notícias: os países vão todos ter vacinas ao mesmo tempo e nas mesmas condições, tendo em conta a sua dimensão populacional”, declarou Ursula von der Leyen.

Falando em conferência de imprensa após uma cimeira europeia por videoconferência dedicada à pandemia de Covid-19, a líder do executivo comunitário frisou que “isto já está acordado com os Estados-membros”, durante a reunião desta quinta-feira do Conselho Europeu.

“Mas ainda antes disso, de chegarmos à vacinação, é preciso assegurar estruturas para tal e é por isso que pedimos aos Estados-membros para garantirem que preparam os seus planos nacionais de vacinação […] a este objetivo”, vincou Ursula von der Leyen.

A Comissão Europeia já assinou contratos com três farmacêuticas para assegurar vacinas para a Europa quando estas se revelarem eficazes: a AstraZeneca (300 milhões de doses), a Sanofi-GSK (300 milhões) e a Johnson & Johnson (200 milhões).

A reunião por videoconferência de hoje foi a primeira desde que, no anterior Conselho Europeu (presencial), em Bruxelas de 15 e 16 de outubro, e face à gravidade da situação, os líderes europeus decidiram manter contactos regulares, mesmo que à distância, para discutir a evolução da pandemia, cuja segunda vaga está a atingir toda a União Europeia, com vários Estados-membros a registarem nos últimos dias números recorde de casos positivos.

Nas declarações prestadas aos jornalistas, Ursula von der Leyen anunciou, também, o lançamento de uma plataforma a nível europeu para “juntar os especialistas que estão a aconselhar os governos nacionais e a UE”.

“Foram os especialistas nacionais que nos solicitaram que o fizéssemos para podermos trocar melhores práticas e para alinharmos os nossos conselhos científicos aos governos nacionais”, explicou, notando que o objetivo é “perceber o que funciona e evitar mensagens conflituosas ou confusas”.

Até porque “estamos a aprender dia a dia e também a ciência está a entender como lidar com este vírus, pelo que esta troca de conhecimento científico ao mais alto nível é da maior importância”, argumentou.

Numa altura em que a Europa assiste a um aumento exponencial do número de casos de infeção, mas também de internamentos, Ursula von der Leyen disse ainda reconhecer que “toda a gente está cansada, toda a gente está preocupada, todos perguntam quando se sairá desta crise”.

“Mas agora o que temos de mostrar é que união, disciplina e paciência por parte de todos, desde os governos, até cada um dos cidadãos. O mais importante é que adotemos e mantenhamos hábitos saudáveis relativamente a nós e aos que nos rodeiam. Há que evitar os contactos próximos, as concentrações de pessoas e recintos mal ventilados”, apelou a líder do executivo comunitário.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 44,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+