05 nov, 2020 - 19:22 • Reuters
Uma juíza do Michigan não aceitou o processo judicial aberto pela campanha de Donald Trump para suspender a contagem de votos no Michigan, um dos estados-chave das presidenciais dos EUA que pode contribuir para a vitória do democrata Joe Biden, que segue à frente nesse estado.
A decisão da juíza Cynthia Stephens, do Tribunal de Reclamações do Michigan, foi tomada esta quinta-feira após a audiência das partes. A decisão escrita deverá ser divulgada na sexta-feira, adiantou a magistrada.
A campanha republicana disse ontem que decidiu avançar com o processo para que a contagem de votos no Michigan fosse suspensa e lhe fosse garantido acesso mais alargado a esse processo.
Para um dos conselheiros de campanha de Joe Biden, o processo limitou-se a servir para mandar uma "mensagem" aos apoiantes de Trump.
"Não tinha qualquer outro propósito para lá de confundir o público sobre o que está a acontecer e dar força às suas alegações sem fundamento sobre irregularidades" nas eleições, defende Bob Bauer.
Esta quinta-feira, dois dias depois da ida às urnas nos EUA, Biden continuava a aproximar-se da vitória com margens residuais num punhado de estados-chave de elevada importância.
Para além deste processo judicial, a campanha de Trump já levou aos tribunais mais pedidos de recontagem ou suspensão das contagens de votos ainda em curso nalguns desses estados.
Num outro revés para o Presidente republicano, um juiz da Geórgia recusou hoje um pedido da sua campanha para que os votos por correspondência no condado de Chatham que chegaram depois de 3 de novembro fossem separados dos restantes e não incluídos na contagem final do estado.
Contactado pela Reuters, a porta-voz da campanha de Trump não respondeu aos pedidos de comentário sobre as decisões judiciais no Michigan e na Geórgia.