09 nov, 2020 - 19:39 • Lusa
O Presidente eleito dos EUA anunciou esta segunda-feira que o ex-cirurgião-geral Vivek Murthy, o ex-comissário da agência do medicamento (Food and Drug Administration), David Kessler, e a investigadora da Universidade de Yale Marcella Nunez-Smith vão co-presidir à sua equipa multidisciplinar de combate à pandemia de Covid-19 nos EUA.
O grupo, que tem como missão primeira traçar uma estratégia para conter a propagação do coronavírus até à tomada de posse de Joe Biden, em janeiro, conta ainda com Rick Bright, especialista em vacinas e antigo diretor da Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Avançado Biomédico.
Bright registou uma denúncia alegando ter sido transferido para um cargo inferior por ter resistido à pressão política para permitir o uso generalizado de hidroxicloroquina, um medicamento contra a malária promovido pelo Presidente Donald Trump como tratamento para a Covid-19.
Pandemia de Covid-19
Rick Bright opôs-se ao investimento no medicamento(...)
Os restantes membros incluem Luciana Borio, especialista em biodefesa, Ezekiel Emanuel, oncologista e presidente de bioética do Instituto Nacional de Saúde, Atul Gawande, conselheiro de saúde do governo Clinton e especialista em cirurgia e Celine Gounder, especialista em doenças infecciosas que estudou p HIV/Sida e tuberculose.
O grupo é ainda composto por Julie Morita, especialista em pediatria e imunização; Michael Osterholm, especialista em doenças infecciosas e epidemiologia, Loyce Pace, especialista em saúde global e Robert Rodriguez, especialista em medicina de emergência que fez investigação sobre a saúde mental de afetados por Covid-19.
A equipa conta ainda com Eric Goosby, especialista em doenças infecciosas que trabalhou com o vírus HIV/Sida.
O anúncio da criação deste grupo foi feito por Joe Biden no domingo, tendo como objetivo a preparação de uma estratégia contra a propagação da pandemia, que esteja pronta quando Biden tomar posse, em 20 de janeiro, como Presidente dos Estados Unidos.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.255.803 mortos em mais de 50,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (237.584) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 9,9 milhões).
Seguem-se, em número de mortos, o Brasil (162.397 mortos, mais de 5,6 milhões de casos), a Índia (126.611 mortos e mais de 8,5 milhões de infetados), o México (95.027, mais de 967 mil infetados) e o Reino Unido (49.044 mortos, mais de 1,1 milhões de casos).
A Rússia, com 30.546 mortos, é o quarto país do mundo em número de infetados, depois dos EUA, da Índia e do Brasil, com mais de 1,7 milhões de casos, seguindo-se França, com mais de 1,7 milhões de casos e 40.169 mortos, Espanha, com mais de 1,3 milhões de casos e 38.883 mortos, Argentina, com mais de 1,2 milhões de casos e 33.560 mortos, e Colômbia, com mais de 1,1 milhões de casos e 32.595 mortos.