09 nov, 2020 - 23:06 • Lusa
O primeiro-ministro afirmou esta segunda-feira esperar que a eleição de Joe Biden para Presidente dos Estados Unidos represente o "renascer" da relação transatlântica e o regresso deste país ao multilateralismo na resolução dos problemas globais.
Estas posições foram transmitidas por António Costa na parte final da entrevista à TVI, depois de questionado sobre a vitória do candidato democrata nas eleições presidenciais norte-americanas.
"Tenho a esperança de que com a eleição de Joe Biden possa renascer a relação transatlântica, o que é particularmente importante para um país como Portugal, precisamente com a sua dimensão atlântica que as regiões autónomas proporcionam, tendo uma relação única com os Estados Unidos da América no seio da Europa. Portanto, acho que isto é uma oportunidade", sustentou.
Para António Costa, "quer a relação entre a Europa e os Estados Unidos, quer o facto de Joe Biden ter dito que no primeiro dia do seu mandato vai regressar ao Acordo de Paris, dá obviamente um alento a todos aqueles que percebem que as alterações climáticas são mesmo a maior prioridade para a subsistência da humanidade".
"Quando Joe Biden diz que quer fazer uma grande convenção global para a defesa da democracia, o combate à corrupção, aos totalitarismos, pela promoção dos direitos humanos, isso é uma boa notícia. Quando [Joe Biden] quer retomar uma visão multilateral – e esperemos que os Estados Unidos regressem à Organização Mundial da Saúde (OMS) –, acho que isto são boas notícias para o mundo", acrescentou o primeiro-ministro.
Durante a sua entrevista António Costa admitiu que o Governo foi apanhado de surpresa pelo facto de a segunda vaga da pandemia ter atingido Portugal tão cedo e anunciou uma nova linha de apoio aos restaurantes, particularmente prejudicados com o anúncio do recolher obrigatório nos 121 concelhos mais duramente afetados pela Covid neste momento.