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Rússia

Putin aguarda resultado oficial das presidenciais dos EUA para felicitar o vencedor

09 nov, 2020 - 15:53 • Lusa

Ao contrário da maioria dos países do mundo, a Rússia, tal como a China, o México e o Brasil, ainda não felicitaram o Presidente eleito, Joe Biden, pela vitória nas eleições norte-americanas.

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Presidente russo, Vladimir Putin, aguarda o anúncio do resultado oficial das eleições presidenciais norte-americanas para felicitar o vencedor, após o Presidente Donald Trump contestar a vitória anunciada de Joe Biden na Justiça, informou o Kremlin esta segunda-feira.

"Consideramos que é correto esperar os resultados oficiais das eleições. Quero recordar que o Presidente Putin disse muitas vezes que respeitará a escola do povo norte-americano, seja ela qual for", disse aos jornalistas o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov.

Putin felicitou Donald Trump pela sua eleição em 2016 pouco após as projeções dos 'media' norte-americanos lhe darem a vitória, mas Peskov argumentou que nessa altura "não havia contestação jurídica dos resultados".

Ao contrário da maioria dos países do mundo, a Rússia, tal como a China, o México e o Brasil, não felicitaram o Presidente eleito, Joe Biden, pela vitória.

Donald Trump recusou reconhecer a vitória do seu rival nas eleições de terça-feira, anunciada no sábado, e denunciou, sem apresentar provas, fraudes a favor do democrata, prometendo ações na justiça para contestar o resultado.

Noite de "fé renovada, para amanhã trazer um dia melhor". Joe Biden discursa como Presidente eleito
Noite de "fé renovada, para amanhã trazer um dia melhor". Joe Biden discursa como Presidente eleito

A responsável da comissão eleitoral russa, Ella Pamfilova, considerou hoje que o voto por correspondência nos EUA abriu "um espaço imenso" para possíveis fraudes eleitorais.

Segundo Pamfilova, o sistema de voto por correio nos EUA permitiria "votos múltiplos, perdas de boletins 'indesejáveis' ou o aumento do voto dos mortos".

Há vários meses que o Presidente Donald Trump lança suspeições sobre a legitimidade do resultado final das eleições, alegando não ter confiança nos votos por correspondência, que este ano bateram máximos, com mais de 100 milhões de eleitores a escolherem esta opção, por causa, entre outras razões, da pandemia de covid-19.

As relações entre Washington e Moscovo deterioraram-se desde que a Rússia foi acusada de ingerência nas presidenciais de 2016 para favorecer a eleição de Donald Trump.

O milionário norte-americano negou sempre ter beneficiado dos esforços russos, tal como Putin, apesar de as conclusões dos inspetores norte-americanos terem levado à imposição de sanções contra a Rússia.

A eleição de Joe Biden poderá aumentar as tensões com Moscovo, já que o antigo vice-presidente de Barack Obama prometeu sempre mais firmeza relativamente a Moscovo.

Segundo Peskov, Putin está "pronto a trabalhar com qualquer Presidente dos Estados Unidos", e a Rússia espera que com "o próximo" seja possível "um diálogo e um entendimento sobre as vias para normalizar as relações bilaterais".

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