13 nov, 2020 - 18:27 • Lusa
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A Itália registou 40.902 novas infeções e 550 mortes por Covid-19, nas últimas 24 horas, e o governo incluiu, esta sexta-feira, as regiões da Campânia e Toscana nas “zonas vermelhas” de maior risco e com confinamento quase total, a partir do próximo domingo.
A mais recente atualização do ministério da Saúde italiano revela que o total de casos desde o início da crise sanitária, em fevereiro, é de 1.107.303 e os óbitos são 44.139.
Mais de 254.000 testes de foram realizados no último dia, com uma taxa média de positividade de quase 16%.
Perto de 31.000 pessoas (mais de mil nas últimas 24 horas) estão internadas em hospitais, que estão perto do colapso, e 3.230 pacientes estão em Unidades de Cuidados Intensivos.
A Lombardia volta a liderar a lista de novas infeções, com 10.634 nas últimas 24 horas, e soma cerca de 20.000 mortos desde que começou a epidemia.
Piemonte vem a seguir, com 5.258 novos casos, Campânia com 4.079 e Veneto, com 3.605.
Estas duas regiões juntam-se assim a Vale de Aosta, Lombardia, Piemonte e Calábria, bem como a província autónoma de Bolzano.
O ministério da Saúde decretou também que Emília-Romanha, Friul e Marche passassem a “zonas laranjas”, de risco média, juntando-se a Abruzzo, Basilicata, Ligúria, Apúlia, Sicília e Úmbria.
Como “zona amarela”, com menos risco mas com restrições, o resto do país, com regiões como Lácio, cuja capital é Roma, onde, entre outras medidas, os bares e restaurantes fecham às 18H00 e os museus, cinemas, teatros, salas de espetáculos ou ginásios estão totalmente encerrados.
O primeiro-ministro, Giuseppe Conte, continua a descartar um confinamento nacional e espera que o índice Rt, de transmissão do vírus, baixe dos atuais 1,7, o que indicaria que as medidas parciais estão a funcionar.
No entanto, Conte lançou um balde de água fria sobre as expetativas para o Natal, assinalando que não é o momento de grandes celebrações, nem de ajuntamentos de grupo.
“Vamos considerar a curva epidemiológica que teremos em dezembro, mas não devemos identificar o Natal só com compras, presentes e estímulo à economia. O Natal, seja qual for a fé religiosa, é certamente também um momento de reflexão espiritual privada. Não é bom fazer uma reflexão espiritual privada com muitas outras pessoas”, acrescentou.
Na mesma linha, o ministro dos Assuntos Regionais, Francesco Boccia, vincou que o Natal deveria ser celebrado apenas entre os “familiares mais próximos”.
Entretanto, Fabrizio Pregliasco, virologista da Universidade de Milão, alertou que com a chegada do Natal há “o risco de que a política se sinta tentada a minimizar a situação como fez no verão, de forma a reativar a economia”.
Para ele, é necessário que o país se prepare “para a terceira vaga da Covid-19 que vai chegar em fevereiro”, afirmou em entrevista publicada hoje no diário “Il Giornale”.