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EUA

“Mais pessoas podem morrer” se Trump não reconhecer a derrota, avisa Biden

17 nov, 2020 - 07:16 • Marta Grosso

“Os americanos querem que cooperemos” e a coordenação é agora muito importante. "Tenho esperança de que o Presidente esteja mais esclarecido antes de chegarmos a 20 de janeiro", afirma o chefe de Estado eleito.

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Joe Biden avisa que a recusa de Donald Trump em reconhecer a derrota pode levar a muitas mortes entre os norte-americanos. Num discurso no Delaware, na segunda-feira (já terça em Lisboa), o presidente eleito defendeu que a coordenação na transição de mandatos é essencial para combater o surto do novo coronavírus.

"Mais pessoas podem morrer se não coordenarmos", avisa Biden numa conferência de imprensa, depois de se reunir com líderes sindicais e empresariais e de fazer um discurso sobre a economia.

A coordenação é importante "agora, ou tão rapidamente quanto pudermos fazer", afirma Biden, acrescentando que "seria muito mais fácil se o Presidente participasse".

"Tenho esperança de que o Presidente esteja um pouco mais esclarecido antes de chegarmos a 20 de janeiro", diz.

Biden critica ainda Trump por não ter trabalhado com o Congresso para negociar uma medida para ajudar as empresas e os americanos desempregados enquanto a pandemia se intensifica no inverno.


O alerta surge numa altura em que Donald Trump se recusa a reconhecer a derrota nas eleições presidenciais e tem impedido a tomada das medidas legalmente necessárias para iniciar o processo de transição – o que daria à equipa de Biden um orçamento, ‘briefings’ nos serviços secretos e acesso a agências federais.

A recusa de Trump em reconhecer a derrota é "totalmente irresponsável", afirma Joe Biden. O presidente eleito tem 306 votos no colégio eleitoral, ultrapassando o limite de 270 necessários para vencer.

Ainda assim, Donald Trump continua a afirmar: "Eu ganhei as eleições".


Ainda assim, o conselheiro para a Segurança Nacional da Casa Branca já prometeu uma transição tranquila para a presidência Joe Biden. Durante uma conferência virtual, Robert O'Brien afirmou que, se for determinado que Joe Biden é o vencedor, será feita uma transição muito profissional da parte do Conselho de Segurança Nacional.

Desde que Joe Biden foi dado como vencedor, a campanha de Donald Trump lançou uma enxurrada de contestações legais para contestar as contagens de votos.

A Administração de Serviços Gerais (GSA), a agência governamental encarregada de iniciar o processo de transição para um novo presidente, ainda não reconheceu Biden e sua vice, Kamala Harris, como vencedores, deixando-os sem acesso à informação essencial que é, habitualmente, fornecida à nova administração.

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