19 nov, 2020 - 18:53 • Lusa
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Itália registou 36.176 contágios pelo novo coronavírus e 653 óbitos nas últimas 24 horas, números em linha com os dias anteriores, numa altura em que o Governo italiano já avisou que o Natal terá de ser "contido".
Em termos totais, Itália contabiliza, até esta quinta-feira, 1.308.528 casos de pessoas que ficaram infetadas pelo novo coronavírus, de acordo com os dados fornecidos hoje pelas autoridades italianas.
Com a contabilização das novas vítimas mortais, o número total de mortes registadas no país desde o início da crise pandémica, em 21 de fevereiro, sobe para 47.870, segundo o boletim informativo do Ministério da Saúde italiano.
Os casos positivos que estão atualmente ativos em Itália ultrapassam os 760.000, dos quais uma grande maioria são doentes que estão nas respetivas casas com sintomas ligeiros da doença ou estão assintomáticos.
No entanto, os hospitais italianos continuam sob pressão, uma vez que existem mais de 33.600 pessoas internadas, incluindo 3.712 em unidades de cuidados intensivos.
A Lombardia (norte), o epicentro da pandemia no território italiano desde o início da crise sanitária, continua a liderar a lista das regiões mais afetadas, com o registo de 7.453 novos casos nas últimas 24 horas.
A cerca de um mês do Natal, o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, avisou hoje que o país terá de celebrar a época natalícia de maneira “contida” e com distanciamento social, porque uma intensa atividade social poderá representar, já em janeiro, um aumento da curva de contágios.
“Temos que nos preparar para passar as férias [de Natal] de uma forma mais contida: bailes, celebrações, beijos e abraços não serão possíveis", disse Conte.
O coordenador do comité técnico-científico que aconselha o Governo italiano, Agostino Miozzo, frisou igualmente que "um jantar de Natal com 20 pessoas este ano não será possível".
Também foi hoje divulgado que 201 médicos morreram, até à data, em Itália por causa do novo coronavírus.
Destes óbitos, 22 foram registados durante a atual segunda vaga da crise pandémica, desde 01 de outubro, de acordo com dados oficiais.
Para tentar travar a progressão dos contágios, o Governo italiano decretou até 03 de dezembro um recolher noturno nacional obrigatório e encerrou várias atividades, como cinemas, teatros, museus, piscinas, ginásios e salas de espetáculos.
Os bares e os restaurantes também estão a fechar mais cedo.
Também dividiu as regiões italianas em três zonas - amarela, laranja e vermelha – que são definidas com base no nível de risco da pandemia. Em função da cor, são definidas mais medidas restritivas a aplicar.
A pandemia da doença de Covid-19 já provocou pelo menos 1.350.275 mortos resultantes de mais de 56,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus (SARS-Cov-2) detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.