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Beirute. Materiais perigosos começam a ser retirados do porto em contentores

20 nov, 2020 - 08:32 • Lusa

Desconhece-se ainda para onde irão as toneladas de matérias inflamáveis que, durante mais de uma década, estiveram a céu aberto. Em caso de incêndio, “Beirute seria arrasada”.

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O Líbano assinou um contrato com uma empresa alemã para a retirada do porto de Beirute de 49 contentores com matérias químicas inflamáveis, alguns meses após uma devastadora explosão.

A empresa transportadora alemã Combi Lift, que já trabalhava no porto, começou a retirar os contentores após a assinatura do um contrato em 11 de novembro, indicou um porta-voz do gabinete do primeiro-ministro citado pela agência noticiosa AFP na quinta-feira.

Não foi fornecida qualquer informação sobre o destino destas matérias e as medidas a adotar no futuro.

Estes contentores, alguns transportando ácidos corrosivos, foram colocados numa zona a céu aberto durante mais de uma década sob a supervisão das autoridades alfandegárias do Líbano, indicou o mesmo responsável.

A Combi Lift deve transportar estas matérias químicas em contentores especiais, no âmbito de um contrato de 3,6 milhões de dólares (três milhões de euros), com dois milhões de dólares (1,6 milhões de euros) a serem pagos pela autoridade portuária, indicaram diversos media locais.

O diretor interino do porto, Bassem al-Kaissi, afrmou à AFP que a retirada destas substâncias químicas constituiu “uma etapa preventiva” necessária. Caso se incendiassem, “Beirute seria arrasada”, preveniu.

A presença destes contentores suscitava preocupação desde a enorme explosão de 04 de agosto que provou mais de 200 mortos, pelo menos 6.000 feridos, e danificou bairros inteiros da capital libanesa.

Segundo as autoridades, a explosão foi provocada pelo incêndio de uma enorme quantidade de nitrato de amónio, armazenado desde há vários anos no porto.

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