23 nov, 2020 - 23:46 • André Rodrigues com agências
A administração Trump informou o presidente eleito Joe Biden de que está pronta para iniciar o processo formal de transição.
De acordo com a estação de televisão CNN, a Administração de Serviços Gerais (GSA), liderada por Emily Murphy, enviou esta segunda-feira uma carta ao Presidente eleito dos EUA onde dá conta de que está pronta para dar início ao processo de transição da presidência.
O que equivale por dizer que Donald Trump vai, finalmente, iniciar o diálogo com o Presidente eleito a 3 de novembro.
A confirmação já foi feita pelo próprio Donald Trump, através do Twitter.
Na carta, a administradora da GSA assegura que não foi pressionada pela Casa Branca para atrasar a transição formal.
"Tomei minha decisão de forma independente, com base na lei e nos factos disponíveis", escreveu Murphy, acrescentando que nunca foi, direta ou indiretamente, pressionada por qualquer funcionário do poder executivo, incluindo aqueles que trabalham na Casa Branca.
Na missiva, a administradora da GSA acrescentou que não lhe compete “determinar o resultado de disputas legais e recontagens, nem determinar se tais procedimentos são razoáveis ou justificados".
Emily Murphy esclarece que “essas são questões que a Constituição, as leis federais e as leis estaduais deixam para o processo de certificação eleitoral e as decisões dos tribunais de jurisdição competente”.
Este passo da administração Trump vai, finalmentem permitir que a transição comece oficialmente, permitindo que os funcionários da GSA, atualmente em funções, disponibilizem à administração Biden as verbas necessárias para concretizar a passagem de poder.
Enquanto isso, os processos movidos pela campanha de Donald Trump junto dos tribunais, para atrasar a transição para Joe Biden, têm sido sucessivamente indeferidos em vários estados, por falta de provas de fraude eleitoral generalizada.
Em comunicado esta segunda-feira, também o senador republicano Rob Portman, do estado do Ohio, pediu celeridade no processo de transição, considerando que "não há evidências, até agora, de qualquer irregularidade generalizada que pudesse alterar os resultados em qualquer estado".