28 nov, 2020 - 17:37 • Redação com Lusa
O exército da Etiópia bombardeou com artilharia pesada, este sábado, a cidade de Mekele, a capital regional de Tigray, onde o Governo iniciou uma guerra com a Frente Popular de Libertação do Tigray (FPLT), disseram à EFE fontes diplomáticas.
"Até agora identificámos a presença de fortes explosões na parte central de Mekele e outra explosão na periferia", disse o diplomata, que indicou que as instalações pertencentes à FPLT foram atacadas.
De acordo com um comunicado do Governo Regional de Tigray, publicado pela Tigray Media House, desde sexta-feira, Abiy Ahmed e as forças da Eritreia estão a bombardear com artilharia pesada". Este sábado, foi "principalmente contra instalações e infraestruturas civis".
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Na sexta-feira, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o português António Guterres, exortou as várias partes envolvidas no conflito a aproveitarem a “oportunidade vital” de mediação, para “resolver pacificamente o conflito” em Tigray.
Guterres saudou “o encontro organizado entre o primeiro-ministro [da Etiópia] Abiy Ahmed e os enviados especiais da União Africana”.
"Urge as partes [envolvidas neste conflito] abraçarem esta oportunidade vital para resolver pacificamente o conflito”, lê-se em nota oficial.
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"Contudo, é também necessário garantir que a “proteção de civis, direitos humanos e acesso a assistência humanitária para as áreas afetadas”, relembrou António Guterres.
A comunidade internacional, incluindo o secretário-geral das Nações Unidas e a União Europeia, tem manifestado grande preocupação com o conflito e o seu impacto humanitário, enquanto insiste nos apelos ao diálogo.
Abiy Ahmed, prémio Nobel da Paz em 2019, tem rejeitado o que apelida de “quaisquer atos de ingerência indesejados e ilegais”, afirmando que o seu país irá lidar com o conflito sozinho.