02 dez, 2020 - 17:11 • Lusa
O Presidente cessante dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, cada vez mais isolado na tentativa de contestar a vitória eleitoral do democrata Joe Biden, admitiu publicamente voltar a ser candidato em 2014.
De acordo com a informação divulgada pela estação televisiva NBC, Donald Trump tem estado a discutir com familiares a possibilidade de anunciar o lançamento da sua campanha para as eleições em 2024 no dia 20 de janeiro, data em que Joe Biden toma posse como 46º Presidente dos EUA.
"Foram quatro anos fantásticos. Estamos a tentar cumprir mais quatro anos. Caso contrário, encontramo-nos daqui a quatro anos", disse Trump, na noite de terça-feira, durante uma festa de Natal na Casa Branca.
O evento, com a presença de funcionários do Partido Republicano, não foi aberto à imprensa, mas um vídeo do seu discurso começou a circular minutos logo de seguida, quase um mês depois das eleições presidenciais que deram a vitória ao democrata Joe Biden, apesar de Trump continuar a recusar admitir a derrota, alegando a existência de "fraude eleitoral".
"Neste momento, não encontrámos fraude a uma escala que possa mudar o resultado da eleição", disse o procurador-geral, William Barr, na terça-feira, numa declaração particularmente relevante por fazer parte da equipa do Presidente cessante.
A frase de Barr pode ter ajudado a impelir Trump a admitir publicamente a sua candidatura em 2024, tentando roubar a atenção ao Presidente eleito no momento em que este está a preparar a sua equipa governamental, que tem vindo a ser apresentada ao longo dos últimos dias.
Em teoria, nada impede Trump de se recandidatar já nas próximas eleições presidenciais, já que a Constituição é omissa relativamente a esta matéria.
Até agora, apenas um homem tomou essa decisão: Grover Cleveland, que foi eleito Presidente em 1884, tendo sido derrotado em 1888 e eleito novamente em 1892, tendo sido o 22º e o 24º Presidente dos EUA.