05 dez, 2020 - 12:30
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Os profissionais de risco em Moscovo, Rússia, começaram este sábado a ser vacinados contra a Covid-19 nos novos centros de vacinação abertos em toda a cidade.
Foram criados 70 centros de vacinação na capital russa, estando previsto que pessoas entre os 18 e 60 anos de grupos de risco, como professores, profissionais de saúde e assistentes sociais participem na primeira fase.
A Rússia foi um dos primeiros países a anunciar o desenvolvimento de uma vacina – batizada de Sputnik numa referência ao satélite soviético - em agosto, imediatamente antes do início dos ensaios clínicos em grande escala.
A vacina encontra-se atualmente na terceira e última fase de ensaios clínicos, envolvendo 40.000 voluntários.
Os seus criadores anunciaram no mês passado uma taxa de eficácia de 95%, de acordo com os resultados provisórios, garantindo que a vacina será mais barata e mais fácil de armazenar e transportar do que algumas outras.
A vacina, administrada em duas doses com 21 dias de intervalo, é uma vacina “vetor-viral”, utilizando dois adenovírus humanos.
A vacinação é voluntária e gratuita para os cidadãos russos, sendo realizada por marcação, através da Internet no portal de serviço da Câmara Municipal.
As autoridades sanitárias revelaram que durante esta primeira fase de vacinação em Moscovo, a vacina não seria administrada a trabalhadores com mais de 60 anos de idade, pessoas com doenças crónicas, mulheres grávidas ou a amamentar, mas não indicaram quando é que o tratamento estaria disponível para o público em geral.
Ainda segundo estes responsáveis, todo o procedimento demora aproximadamente uma hora, pois inclui um exame médico, a preparação da vacina, que deve ser descongelada na altura, e um período de observação de meia hora após a inoculação.
Na sexta-feira, o Presidente da Câmara de Moscovo Sergei Sobyanin anunciou que nas primeiras cinco horas após a abertura do registo online, inscreveram-se cinco 5.000 pessoas.
Até à data, de acordo com estatísticas oficiais, mais de 2,4 milhões de pessoas na Rússia testaram positivo para o novo coronavírus e 42.684 morreram de covid-19, 508 das quais no último dia.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.519.213 mortos resultantes de mais de 65,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.