10 dez, 2020 - 11:06 • Olímpia Mairos
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A Fundação Bill e Melinda Gates vai doar mais de 206 milhões de euros (250 milhões de dólares) para o desenvolvimento de tratamentos e vacinas contra a Covid-19 de baixo custo e que sejam mais fáceis de entregar.
A mais recente contribuição da Fundação Gates, a maior até agora, segue-se à de novembro, na ordem dos 58 milhões de euros (70 milhões de dólares).
Segundo a fundação, o seu apoio em “resposta à pandemia global” situa-se já na ordem de 1.045 milhões de euros (1,75 biliões de dólares).
“Para que (o mundo) possa melhorar para todos, depende das ações dos líderes mundiais e do seu compromisso em fornecer testes, tratamentos e vacinas às pessoas que precisam deles”, afirmou à agência Reuters Melinda Gates, co-presidente da Fundação Gates.
A contribuição também apoiará a entrega de testes e vacinas em países de baixos e médios rendimentos.
O Reino Unido iniciou esta terça-feira a vacinação da população, com a vacina Pfizer/BioNTec, contra a doença Covid-19. A primeira pessoa a receber esta vacina foi uma mulher de 90 anos.
As especificidades da vacina Pfizer/BioNTech, que necessita de uma conservação a 70 graus negativos, representam um desafio logístico, salientaram as autoridades sanitárias britânicas, que indicaram que as doses têm de ser transportadas por uma empresa especializada e que o respetivo descongelamento demora várias horas.
O Canadá também já aprovou a vacina Pfizer/BioNTech, na quarta-feira, enquanto a Food and Drug Administration (FDA), o organismo que regula o sector dos medicamentos nos EUA, se deverá pronunciar após uma reunião com especialistas externos nesta quinta-feira.
A farmacêutica Moderna já solicitou utilização de emergência da sua vacina para a Covid-19 aos reguladores do medicamento europeu e norte-americano. Os resultados finais dos testes clínicos da vacina apontam para uma eficácia de 94,1%.
“Temos novos medicamentos potenciais vacinas do que poderíamos esperar no início do ano. Mas essas descobertas só salvarão vidas se forem distribuídas pelo mundo”, disse Bill Gates, copresidente da Fundação Gates à Reuters.
Segundo as autoridades de saúde norte-americanas, os Estados Unidos registaram mais de 3.000 mortes com Covid-19 num único dia, batendo todos os recordes desde o início da pandemia.
O último balanço feito pela agência francesa AFP revela que a pandemia provocou pelo menos 1.495.205 mortos resultantes de mais de 64,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo.