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Covid-19. Vacina Sanofi-GSK adiada um ano

11 dez, 2020 - 09:03 • Redação com agências

O grupo justificou este adiamento com a “resposta insuficiente” que tem sido observada entre os idosos durante os testes.

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A vacina contra a Covid-19 que está a ser desenvolvida pelos grupos farmacêuticos Sanofi e GSK só vai estar pronta no final de 2021, pois os ensaios clínicos revelam que não criou resposta imunitária suficiente.

Em comunicado, o grupo francês Sanofi e o britânico GSK explicaram este adiamento com a “resposta insuficiente” que tem sido observada entre os idosos durante os estudos de fase intermediária I /II que estão a ser realizados.

Na nota, o grupo especificou que os resultados mostraram uma resposta imunológica em adultos dos 18 aos 49 anos “comparável à dos pacientes que se recuperaram de uma infeção Covid-19, mas uma resposta imunológica fraca entre adultos com mais velhos”.

Os laboratórios consideram que isto se deve “à concentração insuficiente de antígeno”. Por isso, o grupo quer "afinar a concentração de antígenos para obter uma alta resposta imunológica em todas as faixas etárias".

“A formulação do produto não é satisfatória. É importante otimizá-la, pode demorar um pouco mais”, disse à agência de notícias francesa AFP Thomas Triomphe, vice-presidente da área de vacinas da Sanofi.

A gigante farmacêutica francesa, uma das principais produtoras de vacinas do mundo, esperava poder produzir um bilião de doses em 2021.

Outras vacinas em produção

A farmacêutica americana Moderna anunciou que já começou a testar a eficácia da sua vacina em adolescentes com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos, avança a agência Reuters.

O estudo, de estágio “intermédio a final”, conta com mais de três mil participantes dos Estados Unidos e visa obter dados antes do ano letivo de 2021.

Em 9 de novembro, a multinacional farmacêutica norte-americana Pfizer e a parceira biotecnológica alemã BioNTech anunciaram que a sua vacina experimental para a Covid-19 tinha 90% de eficácia, partindo da análise de 94 casos de covid-19.

Mais recentemente, a empresa de biotecnologia norte-americana Moderna indicou que a sua vacina candidata é 94,5% eficaz na prevenção da covid-19, tendo em conta a análise de 95 casos.

A Rússia também anunciou que a sua vacina Sputnik V contra a Covid-19, desenvolvida pelo Centro Nacional de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya em Moscovo, tem uma eficácia de 95%, segundo resultados preliminares.

O primeiro lote de Sputnik V para o mercado externo chegará às pessoas em janeiro de 2021 com base nos acordos já firmados com parceiros estrangeiros.

O laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford anunciaram também que a sua vacina tem uma taxa média de eficácia de 70%.

Na terça-feira, o Reino Unido começou a disponibilizar as primeiras doses de vacina, dando início a um programa de imunização global que deverá ser impulsionado à medida que mais soros forem sendo aprovados.

A pandemia provocou pelo menos 1.570.398 mortos resultantes de mais de 68,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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