11 dez, 2020 - 06:55 • Redação com Lusa
O Presidente eleito dos Estados Unidos Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris foram nomeados Personalidades do Ano pela revista “Time”.
O democrata, de 78 anos, que deverá tomar posse como 46.º Presidente dos Estados Unidos em 20 de janeiro, e Kamala Harris, a primeira mulher a assumir o cargo, foram os preferidos da revista, deixando para trás outros três finalistas: Donald Trump, o movimento contra as desigualdades raciais desencadeado pela morte do afro-americano George Floyd e o epidemiologista norte-americano Anthony Fauci e pessoal de saúde exposto ao novo coronavírus.
A capa da revista mostra um retrato de Biden e Harris de perfil, com o título "mudando a história da América".
Num texto em que explicou a escolha, a “Time” recordou que todos os presidentes americanos desde Franklin D. Roosevelt foram "em algum momento durante o seu mandato Personalidade do Ano", sublinhando, no entanto, que esta é a primeira vez que um vice-presidente merece a distinção.
A revista recordou que Harris é "a primeira mulher eleita para o cargo, filha de pai jamaicano e de mãe indiana", considerando que a escolha "é uma mensagem poderosa", num ano de "luta épica pela justiça racial".
Sublinhou ainda que a dupla vencedora das eleições presidenciais de 3 de novembro obteve o maior número de votos de sempre, derrotando Trump por sete milhões de votos e "mostrando que as forças da empatia são maiores que as fúrias da divisão".
No ano passado, a “Time” escolheu a ativista do clima Greta Thunberg, a pessoa mais jovem a conquistar o título de Personalidade do Ano.
Desde 1927 que a revista escolhe uma personalidade ou grupo de pessoas que mais tenham marcado o ano, "para o melhor e o pior".
Na passada semana, a revista norte-americana nomeou uma cientista e inventora de 15 anos como a primeira Criança do Ano.
Gitanjali Rao inventou tecnologias como um dispositivo que consegue identificar chumbo em água potável e uma aplicação para telemóveis que deteta cyberbullying e foi escolhida entre mais de 5.000 crianças norte-americanas indicadas para o título histórico.
“Já não quero só criar dispositivos que resolvam os problemas do mundo, mas inspirar outros a fazerem o mesmo. Porque, por experiência pessoal, não é fácil fazer alguma coisa quando não se conhece mais ninguém parecido connosco”, disse em entrevista.
Os profissionais de saúde foram escolhidos como Guardiões do Ano pela revista.
Segundo a “Time”, estes trabalhadores “arriscam a própria vida ao ir trabalhar e assim salvar muitas outras”.
“Médicos, enfermeiras, auxiliares de limpeza e outros funcionários hospitalares são os mais próximos das vossas famílias. São eles que cuidam deles”, lembra a revista.