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Pelo menos 27 pessoas morreram no Níger em ataque atribuído ao Boko Haram

13 dez, 2020 - 21:26 • Lusa

O grupo ‘jihadista’ Boko Haram, com origem na Nigéria em 2009, estabeleceu bases em algumas das várias ilhotas que pontilham o lago Chade, numa vasta extensão pantanosa na fronteira entre a Nigéria, Chade, Níger e Camarões.

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Pelo menos 27 pessoas foram mortas durante a noite de sábado num ataque do grupo ‘jihadista’ Boko Haram na região de Diffa, no sudeste do Níger, perto da Nigéria, disseram este domingo as autoridades locais.

“Há oficialmente 27 mortos, alguns feridos e vários desaparecidos neste atentado que é obra do Boko Haram”, disse um funcionário de Toumour, onde se realizou o ataque, no dia em que decorrem eleições municipais e regionais no Níger.

“Algumas vítimas foram mortas ou feridas a balas, outras foram carbonizadas dentro das cabanas, ficando totalmente consumidas pelas chamas de um grande incêndio provocado pelos agressores”, disse a mesma fonte, que referiu ainda que entre 800 e 1.000 casas foram incendiadas, assim como o mercado central e diversos veículos.

“Os agressores, cujo número é estimado em cerca de 70, chegaram a Toumour por volta das 18:45 de sábado, horário local (17:45 hora de Portugal continental) a pé, depois de atravessar a nado (as águas do Lago Chade)”, segundo o funcionário municipal.

“Eles começaram por atacar a residência do chefe tradicional (da vila), que conseguiu escapar ‘in extremis’”, acrescentou a fonte, falando num ataque “bárbaro”, em que “quase 60% da vila foi destruída”.

O grupo ‘jihadista’ Boko Haram, com origem na Nigéria em 2009, estabeleceu bases em algumas das várias ilhotas que pontilham o lago Chade, numa vasta extensão pantanosa na fronteira entre a Nigéria, Chade, Níger e Camarões.

Desde 2016, o grupo Boko Haram dividiu-se em duas fações: a de Abubakar Shekau, o líder histórico do grupo, e o Estado Islâmico (EI) na África Ocidental (Iswap), afiliado do grupo extremista com a mesma designação (EI), que se instalou à volta do lago Chade.

As autoridades do Níger não diferenciam entre os membros do Boko Haram e do Iswap, qualificando todos esses combatentes ‘jihadistas’ como elementos do Boko Haram.

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