14 dez, 2020 - 07:23 • Redação com Lusa
Cada um dos 50 estados norte-americanos reúne o grupo de “grandes eleitores” que escolherá o próximo Presidente dos EUA, não sendo esperadas surpresas na nomeação do democrata. Nas eleições de 3 de novembro, Joe Biden conseguiu os votos suficientes para garantir 306 "grandes eleitores" - bem acima dos 270 necessários para a maioria dos 538 votos no Colégio Eleitoral - contra 232 de Trump.
O Colégio Eleitoral é o grupo de “grandes eleitores” requerido pela Constituição norte-americana para eleger o Presidente e o vice-Presidente, após as eleições que decorrem a cada quatro anos, em função da votação em cada estado.
Contudo, cada “grande eleitor” tem a liberdade de escolher o candidato em que votará na reunião desta segunda-feira, podendo mesmo desrespeitar as indicações manifestadas pelo voto popular.
Nas eleições de 2016, pela primeira vez desde 1808, vários “grandes eleitores” votaram contra o candidato presidencial que deveriam representar: cinco democratas rebelaram-se contra a candidata presidencial Hillary Clinton (nos estados de Washington e Hawai) e dois republicanos rebelaram-se contra o candidato republicano Donald Trump (no Texas).
Os analistas dizem que, este ano, os dois partidos tiveram cuidados acrescidos na escolha dos delegados do Colégio Eleitoral, não sendo de esperar a existência de muitos dissidentes, apesar da contestação de votos por parte dos republicanos em vários estados.
Donald Trump ainda tentou exercer pressão sobre os 16 delegados do Michigan, onde Joe Biden venceu por mais de 154.000 votos, mas sem sucesso aparente.
Após a votação dos “grandes eleitores”, os nomes de Joe Biden para Presidente e de Kamala Harris para vice-presidente vão ser indicados ao Congresso. Será em Washington, a 6 de Janeiro, que os resultados das eleições presidenciais serão finalmente validados.
Os republicanos podem tentar jogar uma última cartada para contestar os resultados, alegando fraude eleitoral. Neste caso, seria preciso que o Senado e a Câmara de Representantes votassem contra a certificação dos resultados eleitorais...um cenário em que nínguém acredita.
O democrata, de 78 anos, que deve tomar posse como 46.º Presidente dos Estados Unidos em 20 de janeiro.