15 dez, 2020 - 14:00 • Lusa
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A Agência Europeia de Medicamentos anunciou esta terça-feira que antecipou a reunião de revisão da vacina Pfizer-BioNTech contra a Covid-19 para 21 de dezembro, o que significa que deverá aprovar nesse dia o uso da vacina na União Europeia.
A entidade, que regula a aprovação de medicamentos na União Europeia, tinha agendado a reunião para 29 de dezembro, mas decidiu antecipar justificando que o fez depois de ter recebido dos laboratórios que a produzem informação adicional sobre a vacina.
A antecipação da data da reunião surge, contudo, depois de o ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, ter pressionado o regulador europeu a acelerar a aprovação da vacina.
O ministro considerou a situação "especialmente irritante" porque o uso da vacina desenvolvida pela BioNTech, da Alemanha, e pela farmacêutica norte-americana Pfizer foi autorizada em países como o Reino Unido, Estados Unidos ou Canadá, mas ainda está à espera de aprovação da Agência Europeia de Medicamentos, não podendo, por isso, ser usada na Alemanha ou em qualquer um dos 27 países da UE.
Agência Europeia do Medicamento poderá aprovar vac(...)
Hoje, Jens Spahn aumentou a pressão, juntando-se a uma importante associação de hospitais e legisladores para exigir que a agência aprove uma vacina contra o coronavírus antes do Natal.
"O nosso objetivo é que haja uma aprovação antes do Natal para que ainda possamos começar a vacinar este ano", disse hoje o ministro.
"Uma vacina que foi desenvolvida na Alemanha não pode ser aprovada e ministrada (no país) só em janeiro", reforçou a deputada federal do Partido Democrata Livre, Christine Aschenberg-Dugnus.
Também a Associação Alemã de Hospitais divulgou hoje um comunicado, exigindo que a União Europeia encurte o longo processo de aprovação e emita uma autorização de emergência para a vacina Pfizer-BioNTech.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.621.397 mortos resultantes de mais de 72,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se na Itália (65.011 mortos, mais de 1,8 milhões de casos), seguindo-se Reino Unido (64.402 mortos, mais de 1,8 milhões de casos), França (58.282 mortos, mais de 2,3 milhões de casos) e Espanha (48.013 mortos, mais de 1,7 milhões de casos).
Portugal contabiliza 5.649 mortos em 350.938 casos de infeção.