16 dez, 2020 - 17:43 • Lusa
As autoridades italianas desmantelaram esta quarta-feira uma rede de pornografia infantil que se estendia por vários países, incluindo Espanha e Colômbia, pela qual foram acusados 432 indivíduos que partilhavam material através de aplicações de mensagens.
A operação “Luna Park” foi executada pela polícia de Milão (norte de Itália) e permitiu a identificação de 81 italianos, 17 dos quais já foram detidos, indicaram fontes policiais à agência noticiosa espanhola EFE.
As detenções continuam em curso, pois alguns acusados ainda não foram localizados.
Foram realizadas mais de 300 buscas em 18 das 20 regiões italianas, o que faz desta uma das maiores operações contra a pornografia infantil nos últimos anos no país. A polícia realizou a investigação infiltrando-se durante anos nos grupos de troca de material.
Em relação aos 351 estrangeiros, de países como Singapura e Filipinas, que partilhavam e compravam a pornografia, foram lançados mandados de detenção através da Interpol.
Um dos já detidos é de Espanha, um dos primeiros países a executar a ordem de prisão, segundo as mesmas fontes.
Todos os indivíduos são acusados de pertencerem a uma organização criminosa, por integrarem 159 grupos no Whatsapp e Telegram onde se partilhavam fotos e vídeos de abuso sexual de crianças e, em alguns casos, de bebés.
A polícia destacou a “transversalidade do crime” dadas as diferenças socioprofissionais entre os acusados - desde operários a professores universitários, incluindo estudantes, reformados, desempregados, funcionários públicos e empresários –, que têm entre 18 e 71 anos.