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Coronavírus

Equipa da OMS vai a Wuhan sem supervisão de Pequim

18 dez, 2020 - 21:16 • Lusa

Os Estados Unidos acusaram publicamente Pequim de esconder informações da OMS e a agência de ser instrumentalizada pela China.

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A missão da Organização Mundial de Saúde encarregue de investigar a origem do vírus que provoca a Covid-19 vai visitar a cidade chinesa de Wuhan sem ser supervisionada por Pequim, garantiu esta sexta-feira um responsável da OMS.

“A equipa vai para Wuhan, esse é o objetivo da missão”, assegurou o responsável pelas emergências de saúde da OMS, Michael Ryan, em conferência de imprensa, ao adiantar que a partida para a cidade do centro da China deve ocorrer na primeira semana de janeiro, mas ainda sem data definida devido à organização logística de voos e de vistos.

Desde agosto que a OMS está em diálogo com peritos chineses e de outros países para uma missão cujo objetivo é descobrir a origem do SARS-CoV-2, que provoca a Covid-19, e que a organização afirma ser zoonótica, ou seja, foi transmitido de um animal para os humanos.

A missão será composta por 10 cientistas da Dinamarca, Reino Unido, Holanda, Austrália, Rússia, Vietname, Alemanha, Estados Unidos, Qatar e Japão com currículos em diferentes áreas.

“O objetivo desta missão é chegar onde foram detetados os primeiros casos humanos”, através de uma equipa de especialistas de “renome internacional” que vão trabalhar com colegas chineses, mas que não serão “supervisionados por responsáveis” daquele país, referiu Michael Ryan.

No dia 30 de outubro, a OMS tinha anunciado que estes peritos se tinham reunido virtualmente pela primeira vez com os seus pares chineses.

Os Estados Unidos acusaram publicamente Pequim de esconder informações da OMS e a agência de ser instrumentalizada pela China.

Entre as teses científicas sobre a origem do coronavírus está a hipótese de ter partido de um morcego, mas não há certezas de qual terá sido o animal intermediário através do qual passou para um ser humano.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.662.792 mortos resultantes de mais de 74,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 5.977 pessoas dos 366.952 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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